Santa Clara perdeu por 1-0 diante da União de Leiria mas a passagem à terceira fase da Bwin Cup não escapou. É a primeira vez que a nossa equipa atinge a fase mais importante da competição.
Há derrotas que têm um doce sabor e o desaire que o Santa Clara consentiu na Marinha Grande, diante da União de Leiria, por 1-0, tem esse sabor, pois não impediu que a nossa equipa atingisse pela primeira vez a terceira fase da Bwin Cup, fase da prova onde já vão entrar equipas como o Benfica, Sporting ou FC Porto, tudo potenciais futuros adversários.
O Santa Clara deslocou-se ao terreno do opositor com dois golos de vantagem e conseguiu segurar o avanço na eliminatória, carimbando um apuramento inédito que nunca chegou a estar verdadeiramente ameaçado pois a União de Leiria sentiu dificuldades para nos criar perigo.
Apresentando um onze de recurso mas nem por isso menos eficiente, a nossa equipa fez da disciplina táctica um argumento válido para suster a primeira frente de ataque dos leirienses que procuraram o golo na fase inicial do encontro sem, contudo, criarem situações de sobressalto na área santaclarense.
Com o jogo empatado e equilibrado no final dos primeiros 45 minutos, mais de meio caminho da eliminatória rumo ao apuramento estava percorrido. Contudo, a segunda parte teve mais para contar, a começar por uma grande penalidade duvidosa que o árbitro sancionou, entendendo ter havido derrube de Stefanovic sobre Luís Leal. Bruno Moraes fez o 1-0 da marca dos onze metros.
A reacção do Santa Clara surgiu de pronto e foi enorme na capacidade para criar situações de perigo. Só por mera infelicidade o golo do empate não surgiu porque Lourenço, de livre e Sylvestre, isolado, viram a trave negar-lhes os merecidos festejos. O apuramento acabou por ser sofrido porque a qualquer momento a União de Leiria poderia marcar, mas inteiramente justo porque a nossa equipa foi sempre mais equipa nos 180 minutos desta eliminatória.
No estádio Municipal da Marinha Grande, o Santa Clara alinhou com: Stefanovic; Grilo, Piccolo, Edgar e Nelson; André Simões, Minhoca (Djurdjevic) e Lourenço; Alex (Moreira), Sylvestre e Platini (Valdinho).
Treinador: Bruno Moura.
Treinador: Bruno Moura.
2 comentários:
Apesar de tudo.....
Apesar da intempérie e da porca arbitragem, o Santa Clara passou...
Uma vez mais, o manipulador árbitro bracarense Cosme Machado, tudo fez para influenciar o resultado e adulterar a verdade desportiva. Ainda inventou um penalty,(que fez o 1-0) mas como diz o povo; Deus não dorme, e proteje cada vez mais os honestos e audazes seres deste mundo cão.
Na Marinha Grande, o Santa Clara jogava muito mais do que uma simples partida de futebol. Os encarnados tinham a possibilidade de escrever mais uma página de ouro na sua já longa história e, se o conseguissem, ainda por cima poderiam realizar um significativo encaixe financeiro. Meus amigos, em tempo de crise, concordemos que ganhar 50 mil euros (!) somente por passar a uma fase mais avançada de uma qualquer competição é motivo de sobra para que se coloquem todas as “fichas” no tapete verde, que, no caso, até mais parecia uma piscina.
Com o passar das horas, a ansiedade foi aumentando, alimentada pelo desejo de que o jogo começasse para que se pudesse confirmar a passagem para outro patamar, para aquele em que já marcarão presença os ditos “grandes” do futebol português, local em que aliás, defendo, o Santa Clara deveria sempre estar.
No entanto, e aqui é que os adeptos, simpatizantes e sócios dos encarnados devem ter calma e pensar com os pés bem assentes na terra.
Até agora, pelo que me é dado a ver, o percurso para alcançar o topo tem sido bem feito. Com moderação, com contenção de despesas, apostando em jogadores jovens que pretendem alcançar um “lugar ao sol”. Só assim poderemos regressar à Primeira Liga, não cometendo as loucuras de um passado bem recente e com a certeza de que um dia que lá cheguemos estão reunidas as condições para lá ficarmos por muitos anos.
Voltando a domingo, bem, devo dizer que foi uma hora e meia de jogo de nervos, sempre com os ouvidos no rádio, sofrendo por fora, de longe, algo que ainda custa mais, custa muito mais.
No final, a ansiedade deu lugar à satisfação, ao regozijo e ao orgulho. O Santa Clara tinha conseguido, com algum sofrimento, mas também com muita justiça, um apuramento inédito.
Todavia, no meio de tudo isto, comecei também a escutar algumas conversas menos próprias, muitas vindas de adeptos que, certamente, são tudo menos pessoas que gostam e defendem os encarnados.
Ouvia: “agora sim, foi ao Estádio de S. Miguel. Oxalá fiquem no grupo do Benfica, para que possa ver o ‘glorioso’, o Jesus, o Saviola, entre outros”, ou então, “bom é que fosse o Porto. Ia ser uma romaria da Calheta para o estádio”, e até “óptimo era apanhar o Sporting.” Pensei: como é possível. Então esta gente não quer ver o Santa Clara, não quer puxar pelo clube açoriano, quer sim ver aqueles que idolatra, semana após semana, através da televisão.
Pois bem, é isto mesmo. Há açorianos, e micaelenses em particular, que não merecem este Santa Clara, nem qualquer outro que conquiste páginas de ouro para a história do clube. Assim se percebe como, a cada jornada da Liga Orangina, o Estádio de S. Miguel apresente uma deplorável moldura humana. A estes, bem a estes, até defendo que se barre a entrada no recinto, ou então que se pratiquem preços de bilheteira que lhes obriguem a pagar “couro e cabelo” para irem torcer pelos outros.
Desculpem-me, mas penso que seria o mais sensato. Quando um açoriano não defende o que é seu, independemente do seu clubismo.
Autor: Pedro Botelho
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