Vice Presidente do Clube Desportivo Santa Clara
Miguel de Medeiros Simas
Qual a actual situação financeira do Clube Desportivo Santa Clara?
Esta Direcção quando tomou posse encontrou um Clube numa grave situação financeira resultante de gestões deficitárias.
Todos sabemos que, quando vamos ao Banco, temos que pagar o próprio mais os juros. Quando se faz uma gestão em que as despesas são maiores do que as receitas acumulam-se os prejuízos, não se paga o próprio nem os juros e a dívida vai aumentando.
Tivemos que tomar medidas drásticas de âmbito económico, no sentido de reduzir os custos, de tal modo que, provavelmente, apresentaremos resultado positivo no exercício que finda em 30-06-2010.
Alargamos também os canais de financiamentos com substanciais melhorias de taxas de juro.
Como poderá o Clube resolver os problemas financeiros que tem do passado?
Sem dúvida que, a recuperação financeira de CDSC, passa inevitavelmente pela subida à Liga Sagres.
Se bem que implique necessariamente um acréscimo de despesas, as receitas daí advenientes são excessivamente maiores o que permitirá, em cada época, amortizar substancialmente o passivo reduzindo-se assim as despesas financeiras.
O Santa Clara é um Clube comprador e não vendedor. Com os problemas de tesouraria existentes, como se consegue manter esta política?
Julgo que a pergunta se relaciona com os jogadores do Clube. Se assim for, os nossos atletas são recomendados pelo técnico Victor Pereira, são contactados pelo Presidente Adjunto Mário Baptista e, se as condições financeiras estiverem ao nosso alcance, os seus serviços são contratados pela Direcção por uma, duas ou três épocas.
Não temos qualquer jogador comprado e, portanto também não os podemos vender. O que existe são cláusulas de rescisão que obriga, quem queira sair para outro clube, a indemnizar o Santa Clara.
A preocupação da maior parte dos clubes profissionais passa por reduzir os salários dos atletas. Em tempo de crise como tem sido gerida esta situação no Santa Clara?
Reduzir a massa salarial é legítimo e será sempre um objectivo a atingir. Isto é, se sair um jogador evitar que se contrate outro para o seu lugar, ou então, tentar contratar outro mais barato.
Reduzir os salários que estão contratualizados com os atletas do CDSC nunca passou pela cabeça de ninguém, pois que, a Direcção considera que honrar os compromissos do Clube é também um elemento para a sua credibilização junto da sociedade em que está inserido.
O Santa Clara é, actualmente, conhecido por ser um clube cumpridor. Como conseguiu a Direcção mudar a imagem que o clube tinha ainda há poucos anos?
A Direcção actual, que em Maio de 2010 cumpre dois anos de mandato, traçou os seguintes objectivos:
Esta Direcção quando tomou posse encontrou um Clube numa grave situação financeira resultante de gestões deficitárias.
Todos sabemos que, quando vamos ao Banco, temos que pagar o próprio mais os juros. Quando se faz uma gestão em que as despesas são maiores do que as receitas acumulam-se os prejuízos, não se paga o próprio nem os juros e a dívida vai aumentando.
Tivemos que tomar medidas drásticas de âmbito económico, no sentido de reduzir os custos, de tal modo que, provavelmente, apresentaremos resultado positivo no exercício que finda em 30-06-2010.
Alargamos também os canais de financiamentos com substanciais melhorias de taxas de juro.
Como poderá o Clube resolver os problemas financeiros que tem do passado?
Sem dúvida que, a recuperação financeira de CDSC, passa inevitavelmente pela subida à Liga Sagres.
Se bem que implique necessariamente um acréscimo de despesas, as receitas daí advenientes são excessivamente maiores o que permitirá, em cada época, amortizar substancialmente o passivo reduzindo-se assim as despesas financeiras.
O Santa Clara é um Clube comprador e não vendedor. Com os problemas de tesouraria existentes, como se consegue manter esta política?
Julgo que a pergunta se relaciona com os jogadores do Clube. Se assim for, os nossos atletas são recomendados pelo técnico Victor Pereira, são contactados pelo Presidente Adjunto Mário Baptista e, se as condições financeiras estiverem ao nosso alcance, os seus serviços são contratados pela Direcção por uma, duas ou três épocas.
Não temos qualquer jogador comprado e, portanto também não os podemos vender. O que existe são cláusulas de rescisão que obriga, quem queira sair para outro clube, a indemnizar o Santa Clara.
A preocupação da maior parte dos clubes profissionais passa por reduzir os salários dos atletas. Em tempo de crise como tem sido gerida esta situação no Santa Clara?
Reduzir a massa salarial é legítimo e será sempre um objectivo a atingir. Isto é, se sair um jogador evitar que se contrate outro para o seu lugar, ou então, tentar contratar outro mais barato.
Reduzir os salários que estão contratualizados com os atletas do CDSC nunca passou pela cabeça de ninguém, pois que, a Direcção considera que honrar os compromissos do Clube é também um elemento para a sua credibilização junto da sociedade em que está inserido.
O Santa Clara é, actualmente, conhecido por ser um clube cumpridor. Como conseguiu a Direcção mudar a imagem que o clube tinha ainda há poucos anos?
A Direcção actual, que em Maio de 2010 cumpre dois anos de mandato, traçou os seguintes objectivos:
1º - Credibilizar o clube junto da sociedade civil;
2 – Manutenção da equipa de futebol profissional na Liga de Honra;
3 – Amortizar o Passivo.
2 – Manutenção da equipa de futebol profissional na Liga de Honra;
3 – Amortizar o Passivo.
Quase todos temos uma vida profissional activa pelo que temos que tirar horas dos nossos tempos livres e por vezes às nossas actividades sem auferirmos quaisquer remunerações. Certamente não seremos os melhores mas estou certo de que, tudo o que fazemos, é para bem do Santa Clara.
Com a colaboração activa do Prof. Victor Pereira implementou-se uma cultura de rigor e de disciplina junto dos atletas que, simplesmente, na cidade de Ponta Delgada deixou de se ouvir falar, pela negativa, dos jogadores do Santa Clara. Este facto aliado aos conhecimentos do jogo do Professor têm sido a chave do Santa Clara andar sempre nos lugares cimeiros da classificação da Liga de Honra, contribuindo também e de que maneira para a melhoria da imagem do clube.
Em caso de subida à primeira liga como poderá o Santa Clara fazer face ao aumento das despesas que a ela está adjacente?
A subida de divisão implicará, essencialmente, mais salários. Até mesmo com grande parte dos atletas actuais se prevê nos seus contratos salários mais elevados em caso de subida. Estimamos que os custos totais poderão crescer entre 15 e 20 % enquanto que as receitas poderão crescer de 50 a 60%.
As receitas também aumentam. Poderá ser este o grande “balão de oxigénio” que falta ao clube?
Sem dúvida que, na primeira liga, as receitas são totalmente diferentes. Logo a começar pelos direitos televisivos que são dez vezes mais. Certamente que haverá maior afluência ao Estádio sendo possível facturar dez vezes mais com as entradas. O número de sócios também crescerá bastante aumentando-se substancialmente a receita das quotas.
Em jeito de conclusão, poder-se-á dizer que, o Santa Clara hoje já não corre o risco de insolvência?
Se o maior credor do Clube exigisse o pagamento imediato dos seus créditos o Santa Clara não tinha condições para o fazer.
Contudo atendendo aos pergaminhos do Clube, ao amor que muitos Micaelenses e não só tem pelo Santa Clara e á politica de verdade que esta Direcção tem utilizado junto das instituições financeiras é nossa convicção que tal não venha a acontecer.
Equacionando um cenário, que não se coloca obviamente, de descida aos escalões profissionais, o Santa Clara, neste momento, já reúne condições para sobreviver?
Devido ao enorme passivo que ainda existe, a descida de divisão da equipa de futebol profissional, seria a catástrofe total da colectividade.
red boys on fire
Sem comentários:
Enviar um comentário