Santa Clara deverá ter SAD antes das eleições

Processo eleitoral está em marcha mas antes das eleições o clube deverá constituir uma Sociedade Anónima Desportiva. Conselho Santaclarense reuniu-se para analisar a realidade actual da instituição desportiva.

A Comissão de Gestão do Santa Clara está em final de mandato mas os dirigentes actuais pretendem ver concluído o processo de constituição de uma Sociedade Anónima Desportiva até ao próximo mês de Novembro como forma de garantir o encaixe de novas receitas que poderão desbloquear vários problemas com que o emblema açoriano se debate.

Os trâmites legais para fazer nascer a SAD deverão conhecer um incremento no decorrer da próxima semana pois é desejo dos dirigentes que estão em funções acelerar o processo para que o mesmo esteja concluído antes das eleições.

Tornar o Santa Clara uma Sociedade Anónima Desportiva significa um abrir de portas ao capital privado e esta é uma das expectativas que a Comissão de Gestão alimenta, ou seja, cativar investidores que injectem dinheiro fresco no clube e, desse modo, ganhar liquidez para acorrer a muitas das dificuldades com que o clube se debate diariamente.

Há algumas semanas que decorrem negociações no sentido do clube abrir portas ao capital privado mas é um dado adquirido que o Santa Clara será o accionista maioritário e existe, também, a possibilidade do Governo Regional dos Açores integrar a sociedade pois, na prática, é o maior financiador de toda a actividade do emblema insular com os 2,2 milhões de euros de subsídio que atribuiu anualmente.

Completar o processo de constituição da SAD antes das eleições para o triénio 2010/13 é o mesmo que dizer que a Sociedade Anónima Desportiva terá que ter pernas para andar antes do final do mês de Novembro pois o mandato da Comissão de Gestão termina no dia 1 de Dezembro.

O Conselho Santaclarense é um órgão consultivo que os dirigentes em funções não dispensam ouvir e por isso reuniram-se nesta quinta-feira para analisarem o momento actual do clube, com especial relevo para as recentes dificuldades financeiras. A realização de eleições também mereceu atenção, devendo o presidente da Assembleia Geral, Costa Martins, confirmar em breve a data para o acto eleitoral.

Entretanto, o actual vice-presidente, Mário Batista, mantém a intenção de equacionar uma candidatura à presidência da Direcção mas a decisão, apuramos, vai depender do resultado de diversas reuniões que vão acontecer no futuro próximo e que vão fazer reflectir o rumo a seguir. Das conclusões faz depender uma análise pessoal antes de tomar uma posição.

Acácio Mateus