O Santa Clara vai a eleições no próximo dia 26 de Novembro. Confesso que este acto eleitoral me preocupa, embora concorde na íntegra com o mesmo. Na realidade, era difícil uma equipa dirigente trabalhar quando o seu líder, na maior parte dos casos, revelava enorme incapacidade para exercer as funções para as quais tinha sido designado pelos sócios. O Santa Clara tinha, e tem, problemas. A pergunta que se coloca é: que soluções arranjou Cruz Marques para os resolver? Que saiba, poucas ou nenhumas. Os coelhos saíram sempre da cartola dos restantes elementos da direcção. Assim, a sua saída, até por mais uma ou outra situação desagradável que criou ao Santa Clara, foi o melhor para o clube. Cruz Marques estava longe de perceber o fenómeno do futebol profissional, como prova o seu afastamento do poder instalado. Quando o Santa Clara pretendia expor algo à Liga de Clubes, fazia através de um vice-presidente ou de outro qualquer elemento da direcção.
Desta forma, não é pela saída de Cruz Marques que este acto eleitoral me preocupa. Longe disso. Temo, sim, outros factores, alguns dos quais alimentados por uma comunicação social que está longe de andar de mãos dadas com o Santa Clara. Não se pede que jornais, rádios e televisão sejam aliados do clube. Pede-se, antes, isenção e igualdade de tratamentos. No entanto, não é isso que se verifica. Até há quem pareça que está a levar alguém ao colo até ao poder para, depois, poder retirar dividendos. Será? Desconfio que sim.
Nesta fase, o Santa Clara tem dois rumos possíveis: continuar a caminhar para a sustentabilidade e credibilidade financeira, ou voltar à gestão danosa de outros tempos. Sim, chamemos as coisas pelos seus nomes: gestão danosa! Durante largos anos, o clube viveu num mundo que não é o seu, o mesmo é dizer que gastou o que tinha, o que não tinha e o que nunca haveria de ter. Com esta política, hipotecou o futuro.
Actualmente, o Santa Clara não tem património, anda com a casa às costas e, até, fruto dos erros do passado, os seus escalões de formação jogam no campo de Santo António Além Capelas. Bem, mas do mal o menos, no mínino arranjou-se uma solução.
Durante anos, quem liderou o Santa Clara – nomeadamente o seu Departamento Profissional – dançou ao som da música errada. Apostou-se em jogadores sem ambição, todos recebendo chorudos vencimentos, e em treinadores, salvo raras excepções, que só viam no clube uma excelente oportunidade para engrossarem as suas contas bancárias. E mesmo os “heróis” de alguns momentos desportivos mais marcantes do Santa Clara (falo, claro, das subidas de divisão), “engordaram” à custa do clube. Receberam milhares de euros, durante largos meses, de uma entidade que já nem serviam e rejeitaram mesmo convites, só para não perderem esta “benesse micaelense”. Enfim, o Santa Clara era um clube rico. Como e onde, não sei, mas foi o que transpareceu durante muito tempo.
Agora, felizmente, desde a entrada em funções do novo elenco directivo, as coisas voltaram ao seu lugar. O clube deixou de cometer loucuras, até porque nem pode, já que tem de andar a pagar dívidas deixadas por outros. A aposta tem passado por treinadores e jogadores em busca de afirmação no panorama futebolístico. Em duas épocas, o Santa Clara esteve à beira da subida, com uma folha de vencimentos baixa. Este ano, o documento baixou ainda mais, porque só assim o clube poderá chegar lá. Lá onde? Ao patamar em que voltará a ser conhecido como um clube cumpridor, sem dívidas e com sustentabilidade, a fim de pôr cobro a algo de desportivamente menos positivo.
Voltando ao acto eleitoral. Esclareça-se que não estou a defender qualquer nome para a direcção do Santa Clara. Considero que todos os sócios têm direito à sua opinião e a definir o caminho que o clube deve seguir. Todos, sem excepção, são potenciais candidatos ao lugar máximo da mais importante agremiação desportiva dos Açores, embora me pareça que uns estão mais avalizados do que outros para lá chegar.
Defendo um rumo e deste não abdico. Falo de um percurso que levará o Santa Clara ao lugar que merece. Para isso, será importante ter a consciência do momento que o País e o Mundo atravessam. Um passo maior que a perna poderá ser o fim. É necessário agir em consciência, para que, no futuro, os sócios, adeptos e simpatizantes possam dizer: “Sou do Santa Clara e dele só quero sucessos, não pretendendo ganhar nada com isso”.
Até para a semana
Desta forma, não é pela saída de Cruz Marques que este acto eleitoral me preocupa. Longe disso. Temo, sim, outros factores, alguns dos quais alimentados por uma comunicação social que está longe de andar de mãos dadas com o Santa Clara. Não se pede que jornais, rádios e televisão sejam aliados do clube. Pede-se, antes, isenção e igualdade de tratamentos. No entanto, não é isso que se verifica. Até há quem pareça que está a levar alguém ao colo até ao poder para, depois, poder retirar dividendos. Será? Desconfio que sim.
Nesta fase, o Santa Clara tem dois rumos possíveis: continuar a caminhar para a sustentabilidade e credibilidade financeira, ou voltar à gestão danosa de outros tempos. Sim, chamemos as coisas pelos seus nomes: gestão danosa! Durante largos anos, o clube viveu num mundo que não é o seu, o mesmo é dizer que gastou o que tinha, o que não tinha e o que nunca haveria de ter. Com esta política, hipotecou o futuro.
Actualmente, o Santa Clara não tem património, anda com a casa às costas e, até, fruto dos erros do passado, os seus escalões de formação jogam no campo de Santo António Além Capelas. Bem, mas do mal o menos, no mínino arranjou-se uma solução.
Durante anos, quem liderou o Santa Clara – nomeadamente o seu Departamento Profissional – dançou ao som da música errada. Apostou-se em jogadores sem ambição, todos recebendo chorudos vencimentos, e em treinadores, salvo raras excepções, que só viam no clube uma excelente oportunidade para engrossarem as suas contas bancárias. E mesmo os “heróis” de alguns momentos desportivos mais marcantes do Santa Clara (falo, claro, das subidas de divisão), “engordaram” à custa do clube. Receberam milhares de euros, durante largos meses, de uma entidade que já nem serviam e rejeitaram mesmo convites, só para não perderem esta “benesse micaelense”. Enfim, o Santa Clara era um clube rico. Como e onde, não sei, mas foi o que transpareceu durante muito tempo.
Agora, felizmente, desde a entrada em funções do novo elenco directivo, as coisas voltaram ao seu lugar. O clube deixou de cometer loucuras, até porque nem pode, já que tem de andar a pagar dívidas deixadas por outros. A aposta tem passado por treinadores e jogadores em busca de afirmação no panorama futebolístico. Em duas épocas, o Santa Clara esteve à beira da subida, com uma folha de vencimentos baixa. Este ano, o documento baixou ainda mais, porque só assim o clube poderá chegar lá. Lá onde? Ao patamar em que voltará a ser conhecido como um clube cumpridor, sem dívidas e com sustentabilidade, a fim de pôr cobro a algo de desportivamente menos positivo.
Voltando ao acto eleitoral. Esclareça-se que não estou a defender qualquer nome para a direcção do Santa Clara. Considero que todos os sócios têm direito à sua opinião e a definir o caminho que o clube deve seguir. Todos, sem excepção, são potenciais candidatos ao lugar máximo da mais importante agremiação desportiva dos Açores, embora me pareça que uns estão mais avalizados do que outros para lá chegar.
Defendo um rumo e deste não abdico. Falo de um percurso que levará o Santa Clara ao lugar que merece. Para isso, será importante ter a consciência do momento que o País e o Mundo atravessam. Um passo maior que a perna poderá ser o fim. É necessário agir em consciência, para que, no futuro, os sócios, adeptos e simpatizantes possam dizer: “Sou do Santa Clara e dele só quero sucessos, não pretendendo ganhar nada com isso”.
Até para a semana
Pedro Ferreira
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