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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Ser líder é, antes de tudo, ser capaz de construir uma equipe composta por... pessoas lideráveis

Ser líder é, antes de tudo, ser capaz de construir uma equipe composta por pessoas lideráveis. Isso mesmo, a maior qualidade de um líder é fazer a sua equipe tão boa que ela funcione sem ele. Essa é uma tarefa difícil e varia de equipe para equipe, das políticas de Recursos Humanos - de Treinamento e Desenvolvimento – T&D e da cultura organizacional. Existem pessoas que não são lideráveis e, claro, por isso mesmo, dificilmente serão líderes.
O líder, teoricamente, detém o poder de contratar e demitir quem quer que ele queira, mas isso, na prática, não é tão simples assim. Muitos factores podem contribuir para que isso seja ou não verdadeiro. Quando se fala que um líder é alguém que inspire seguidores, deve-se primeiro verificar de que nível de seguidores se fala. Um bom líder, ao sair de férias, não deve ter dúvidas de quem será seu substituto, pois, pelo menos um terço de sua equipe deve ter habilidades para tal. Do mesmo modo, se este líder for para um patamar superior dentro da organização, deve ter clareza de quem será seu substituto. Acredite, a maioria dos líderes não encontram facilidades nessas duas possibilidades.
Para se chegar a esse ponto, é preciso que o líder consiga fazer alguns ajustes ao assumir uma equipe: Primeiro é descobrir até onde ele, de facto, tem controle sobre sua equipe, até onde o Clube o permite ir, qual sua influência da formatação dos perfis para as vagas do seu plantel, e de que estrutura pode contar por parte do clube para construir e gerir uma equipe realmente eficaz. Depois disso, deve avaliar cada atleta que já está na equipe, de forma a definir quem está e quem ainda não, dentro desse perfil. Aí, passa-se ao trabalho de ajustes que é, basicamente composto por:
SELECIONAR: Resume-se em ter bem definidas as particularidades de cada papel dentro da equipe, com isso desenhar perfis técnicos e comportamentais adequados a cada um desses perfis. Contar, por parte do Recursos Humanos de processos que possam, de fato, identificar essas pessoas e, preferencialmente, que o plantel que contratará possa participar da seleção final dos candidatos.
TREINAR: Significa que a fase pós-seleção funciona como “qualificação personalizada” para que o novo membro absorva, não somente as orientações gerais sobre o Clube, cultura, normas, etc., mas que tenha uma clara visão do que é a equipe e de quem é o líder e seu estilo de gestão. O treinamento dentro da equipe é muito mais importante do que os sistemas de introdução de novatos adotados pela política de RH. Treinar é bem diferente de “orientar”, treinar implica em dedicação de tempo, atenção e, claro, de uma metodologia capaz de preparar a pessoa para que tenha as habilidades técnicas e comportamentais necessárias à realidade de sua função dentro da equipe, de seu relacionamento com os demais membros desta e com o restante clube.
RECONHECER: esta palavra é traiçoeira, como a maioria das palavras, mas cuidado. Reconhecer é algo que funciona como uma resposta e não como uma pergunta. Explico, reconhecer é notar, validar e demonstrar àquele que foi treinado de que ele já está bem naquilo para o que foi preparado e aproveitar para dizer-lhe isso, dependendo de como a equipe funcione, dando-lhe um prémio de destaque, mérito ou aqueles cartazes de “Destaque da Semana” ou do mês, etc. O verdadeiro reconhecimento é dar à pessoas responsabilidades acima do nível em que ele estava, mostrar-lhe que ele está subindo de nível de actuação, mesmo ficando na mesma função.
DESENVOLVER: significa preparar a pessoa para continuar indo além. Significa que ela já é parte da equipe, mas que, como esta, deve continuar evoluindo. Nessa fase cada membro da equipe já se vira sozinho, já sabe o que fazer e toma decisões sobre si mesmo, é nessa fase que o retorno sobre o investimento anterior começa a aparecer, de fato. Nesta fase os que passaram com maior significado pela fase do “Reconhecer” merecerão o desenvolvimento de novas habilidades, enquanto que os que não foram tão bem assim devem ser re-treinados, para que sua equipe seja nivelada para cima. O Desenvolvimento é a fase que começa a aproximar os membros da equipe no líder e aqueles que são, de fato, empreendedores, destacar-se-ão, mostrando que se o líder ficar parado, sem praticar o processo, com ele mesmo, corre o risco de perder o lugar. É uma fase estimulante.
Depois disso vêm as partes mais comentadas sobre ser líder: Pratique a confiança, sim, é importante que se confie nas pessoas da equipe, mas confiança não se dá, conquista-se. Assim, ela será uma consequência natural das fases antecedentes. Para se ter uma ideia do que é isso e reconhecimento, um bom filme é “Uma Mente Brilhante”, EUA, 2001, direcção de Ron Howard, com Russell Crowe no papel de John Nash. Ao ver as duas cenas das canetas, saberá exactamente o que pretendo. Pare de ser o que manda e que sabe tudo para ser o que orienta e compartilha. Sim, isso é importante, mas sem as etapas mencionadas, nada acontecerá. Dê à sua equipe o cenário futuro, para que ela saiba aonde se quer que ela chegue. Isso é óbvio, mas normalmente não acontece, mas, certamente, se você for adepto das quatro fases mencionadas perceberá que a prática de objectivos bem formulados é uma ferramenta essencial ao desenvolvimento, do líder e de seus liderados. Por fim, seja adepto do HJR, onde "H" significa honestidade, "J" representa justiça e "R" respeito. Ser líder, é, antes de tudo, ser humano e ser ético.
RBOF

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