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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Santa Clara tem de estar sempre motivado

O treinador encarnado, Vítor Pereira, fez ao início da tarde desta sexta-feira a antevisão da partida, do próximo domingo, com o Penafiel.

Foi com um discurso ambicioso, como é aliás seu timbre, que Vítor Pereira se apresentou na conferência de imprensa de hoje, em que fez a antevisão da partida, do próximo domingo, com o Penafiel.
De uma forma geral, o técnico do Santa Clara afirmou que a sua equipa terá de jogar em ritmo elevado, pressionando o adversário, não deixando que a partida adormeça.
Vítor Pereira classificou o Penafiel, como um “conjunto que defende bem e parte em venenosos contra-ataques, na tentativa de surpreender os seus adversários”.
Assim, indicou, relembrando a segunda parte que o seu conjunto realizou frente ao Fátima, que “o Santa Clara deverá assumir as despesas do jogo, tentando desenvolver um jogo que nos possa levar àquele que é o objectivo principal: a vitória”.
Numa conversa em que a palavra subida esteve sempre presente, o treinador disse ainda que “a primeira parte do jogo de Fátima não deve ser esquecida, mas sim recordada, para que não se cometam os mesmos erros”.
Vítor Pereira sublinhou ainda a importância de conseguir alcançar alguma distância pontual do terceiro classificado do campeonato, numa clara alusão à derrota do Portimonense, ontem, frente ao Beira-Mar, referindo que “o Santa Clara, independentemente da situação, terá de estar sempre motivado”.
“O ano passado andámos sempre muito preocupados com o primeiro lugar, quando a focalização deve ser o terceiro classificado”, disse o técnico.
Na mesma conferência de imprensa, um dos vice-presidentes encarnado revelou que, até ao final da época, “as senhoras poderão assistir aos jogos do Santa Clara sem que tenham de pagar bilhete”, numa tentativa de chamar mais público ao estádio.
Aludindo ao aniversário do clube, Mário Batista afirmou esperar que “todos os sócios, adeptos e simpatizantes do clube possam participar no jantar que amanhã se realiza no Pavilhão do Mar, em Ponta Delgada”.
Em relação ao jogo, refira-se que este se realiza no próximo domingo, pelas 16h00, no Estádio de S. Miguel.


JornalDiario

Diogo Silva é o novo reforço

Diogo Silva, defesa-central de 26 anos que estava a jogar na Roménia, é o mais recente reforço do Santa Clara. O jogador, formado no Estrela da Amadora, chega hoje aos Açores e nos próximos dias assinará contrato com o Santa Clara.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Há razões para festejar

O Santa Clara está a assinalar o seu 89º aniversário e, diz cá o Argolas, há mesmo razões para festejar. O clube está livre das “maroscas” do passado. É servido por gente que encara a sua missão como um serviço e não como uma forma de auto-promoção, procurando protagonismo na televisão e nos jornais.
Hoje os dirigentes trabalham mais e falam menos, como sempre devia ter sido. O corolário deste trabalho está a vista de todos: o clube cumpre com as suas obrigações e a sua equipa profissional anda nos lugares cimeiros da Liga Vitalis.
Por isto, há razões para termos esperança num futuro melhor, sem que se esteja à espera de que o poder público resolva os imbróglios acumulados por quem subiu na vida à custa de outros.

argoladas

Santa Clara presta homenagem a "velhas glórias" em dia de aniversário




O Clube Desportivo Santa Clara, anunciou hoje uma homenagem a três antigos atletas e a um ex-dirigente nas celebrações do seu 89.º aniversário, no dia 30 de Janeiro.

Na cerimónia serão homenageados os atletas Virgínio da Costa (Martelo), que se destacou na equipa de Ponta Delgada na década de 60 e que também alinhou pelo Atlético Clube de Portugal, o futebolista José Francisco Lima (Francisquinho " O pequeno Grande Capitão), famoso nos anos 70, e Mário Raposo Furtado, que sobressaiu na equipa de hóquei em patins.

Num jantar em que o Santa Clara espera reunir entre 500 e 700 pessoas, será também prestada homenagem ao antigo dirigente Carlos Medeiros.

Para o presidente do clube, Cruz Marques, as celebrações, que se prolongam por dois dias, assumem um carácter "modesto" devido à situação financeira do Santa Clara que impõe uma "gestão de rigor".

O programa festivo inclui visitas a duas escolas secundárias, uma na Ribeira Grande e outra em Ponta Delgada, e um debate com o
tema "O Desporto e a Sociedade -
vivências e experiências", em
que participam Pedro "Pauleta", melhor marcador da selecção portuguesa de futebol, o velejador açoriano Genuíno Madruga e o comentador desportivo Fernando Seara.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Red Boys on Fire ganham pontos

A importância dos Red Boys on Fire está a ultrapassar a barreira do apoio à equipa profissional do Santa Clara nos jogos que esta disputa no Estádio de S. Miguel e, em alguns casos, fora.
Hoje, esta claque, através deste blogue, é já muito mais que um grupo de apoio, para se transformar num veículo privilegiado de passagem de informação sobre a vida do clube.
A prova disso está no ciclo de entrevistas que têm sido publicadas neste blogue, todas elas com as principais figuras do universo encarnado.
No campo técnico, Vitor Pereira deixou aqui as suas ideias sobre o projecto desportivo do clube, falando, sem reservas, sobre um projecto que pretende levar o clube à Liga Sagres.
No campo directivo, Cruz Marques, Mário Baptista e Miguel Simas contribuíram também para este trabalho, coordenado por um dos colaboradores deste blogue. As suas entrevistas são elucidativas do momento do clube, colocando o dedo em algumas feridas do passado. Prova disso, é a entrevista publicada ontem. Miguel Simas fala da situação financeira, do passado, do presente e do futuro e reafirma que a recuperação financeira do clube passa pela subida à Primeira Liga.
Tudo neste blogue, de uma claque que começou por ser uma pequena falange de apoio da equipa profissional mas que, hoje, tem importância redobrada. É bom ver que o nosso trabalho está a ser reconhecido pelas altas instâncias do Santa Clara.
Como se costuma a dizer: "depois da tempestade vem a bonança". O incidente ocorrido há alguns meses está esquecido por todos e, unidos, vamos chegar onde queremos. Falta apoio financeiro? É verdade. Mas tudo vem a seu tempo e como diz uma pessoa que bem conheço: "quando não há dinheiro, não há como inventá-lo".

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Recuperação financeira passa inevitavelmente pela subida à Liga Sagres


Vice Presidente do Clube Desportivo Santa Clara

Miguel de Medeiros Simas


Qual a actual situação financeira do Clube Desportivo Santa Clara?

Esta Direcção quando tomou posse encontrou um Clube numa grave situação financeira resultante de gestões deficitárias.
Todos sabemos que, quando vamos ao Banco, temos que pagar o próprio mais os juros. Quando se faz uma gestão em que as despesas são maiores do que as receitas acumulam-se os prejuízos, não se paga o próprio nem os juros e a dívida vai aumentando.
Tivemos que tomar medidas drásticas de âmbito económico, no sentido de reduzir os custos, de tal modo que, provavelmente, apresentaremos resultado positivo no exercício que finda em 30-06-2010.
Alargamos também os canais de financiamentos com substanciais melhorias de taxas de juro.

Como poderá o Clube resolver os problemas financeiros que tem do passado?

Sem dúvida que, a recuperação financeira de CDSC, passa inevitavelmente pela subida à Liga Sagres.
Se bem que implique necessariamente um acréscimo de despesas, as receitas daí advenientes são excessivamente maiores o que permitirá, em cada época, amortizar substancialmente o passivo reduzindo-se assim as despesas financeiras.

O Santa Clara é um Clube comprador e não vendedor. Com os problemas de tesouraria existentes, como se consegue manter esta política?

Julgo que a pergunta se relaciona com os jogadores do Clube. Se assim for, os nossos atletas são recomendados pelo técnico Victor Pereira, são contactados pelo Presidente Adjunto Mário Baptista e, se as condições financeiras estiverem ao nosso alcance, os seus serviços são contratados pela Direcção por uma, duas ou três épocas.
Não temos qualquer jogador comprado e, portanto também não os podemos vender. O que existe são cláusulas de rescisão que obriga, quem queira sair para outro clube, a indemnizar o Santa Clara.

A preocupação da maior parte dos clubes profissionais passa por reduzir os salários dos atletas. Em tempo de crise como tem sido gerida esta situação no Santa Clara?

Reduzir a massa salarial é legítimo e será sempre um objectivo a atingir. Isto é, se sair um jogador evitar que se contrate outro para o seu lugar, ou então, tentar contratar outro mais barato.
Reduzir os salários que estão contratualizados com os atletas do CDSC nunca passou pela cabeça de ninguém, pois que, a Direcção considera que honrar os compromissos do Clube é também um elemento para a sua credibilização junto da sociedade em que está inserido.



O Santa Clara é, actualmente, conhecido por ser um clube cumpridor. Como conseguiu a Direcção mudar a imagem que o clube tinha ainda há poucos anos?

A Direcção actual, que em Maio de 2010 cumpre dois anos de mandato, traçou os seguintes objectivos:
1º - Credibilizar o clube junto da sociedade civil;
2 – Manutenção da equipa de futebol profissional na Liga de Honra;
3 – Amortizar o Passivo.

Quase todos temos uma vida profissional activa pelo que temos que tirar horas dos nossos tempos livres e por vezes às nossas actividades sem auferirmos quaisquer remunerações. Certamente não seremos os melhores mas estou certo de que, tudo o que fazemos, é para bem do Santa Clara.
Com a colaboração activa do Prof. Victor Pereira implementou-se uma cultura de rigor e de disciplina junto dos atletas que, simplesmente, na cidade de Ponta Delgada deixou de se ouvir falar, pela negativa, dos jogadores do Santa Clara. Este facto aliado aos conhecimentos do jogo do Professor têm sido a chave do Santa Clara andar sempre nos lugares cimeiros da classificação da Liga de Honra, contribuindo também e de que maneira para a melhoria da imagem do clube.

Em caso de subida à primeira liga como poderá o Santa Clara fazer face ao aumento das despesas que a ela está adjacente?

A subida de divisão implicará, essencialmente, mais salários. Até mesmo com grande parte dos atletas actuais se prevê nos seus contratos salários mais elevados em caso de subida. Estimamos que os custos totais poderão crescer entre 15 e 20 % enquanto que as receitas poderão crescer de 50 a 60%.

As receitas também aumentam. Poderá ser este o grande “balão de oxigénio” que falta ao clube?

Sem dúvida que, na primeira liga, as receitas são totalmente diferentes. Logo a começar pelos direitos televisivos que são dez vezes mais. Certamente que haverá maior afluência ao Estádio sendo possível facturar dez vezes mais com as entradas. O número de sócios também crescerá bastante aumentando-se substancialmente a receita das quotas.

Em jeito de conclusão, poder-se-á dizer que, o Santa Clara hoje já não corre o risco de insolvência?

Se o maior credor do Clube exigisse o pagamento imediato dos seus créditos o Santa Clara não tinha condições para o fazer.
Contudo atendendo aos pergaminhos do Clube, ao amor que muitos Micaelenses e não só tem pelo Santa Clara e á politica de verdade que esta Direcção tem utilizado junto das instituições financeiras é nossa convicção que tal não venha a acontecer.

Equacionando um cenário, que não se coloca obviamente, de descida aos escalões profissionais, o Santa Clara, neste momento, já reúne condições para sobreviver?

Devido ao enorme passivo que ainda existe, a descida de divisão da equipa de futebol profissional, seria a catástrofe total da colectividade.

red boys on fire

Rincón conformado por ficar no banco


O avançado Rincón, segundo melhor marcador do Santa Clara, da Liga de Honra, com seis golos, declarou-se hoje conformado com o facto de nem sempre ser escolha do treinador Vítor Pereira.


"Já estou acostumado" com a possibilidade de ser ou não opção, disse Rincón em conferência de imprensa, na semana em que o Santa Clara recebe o Penafiel, em jogo da 17.ª jornada da Liga de Honra.

O avançado dos “encarnados” de Ponta Delgada considerou também que apesar da classificação do adversário, penúltimo da geral, com 23 pontos, o Penafiel vem aos açores apostado em pontuar e fugir aos lugares de despromoção.

O defesa central Gonçalo, emprestado pelo Académica, considerou que as próximas duas jornadas poderão ser decisivas para a equipa açoriana, segunda classificada, com 29 pontos, se "isolar na frente".

Acerca da sua escassa utilização na equipa açoriana, Gonçalo disse esperar "uma oportunidade", admitindo poder estar interessado em regressar ao plantel da Académica.

Laurentino Dias nos Açores a convite do Santa Clara


O secretário de Estado do Desporto estará presente no aniversário do clube.

O Santa Clara assinala esta semana o seu 89º aniversário. O programa prevê a realização de várias acções, contando com a presença de algumas figuras do desporto nacional e regional.
A encabeçar a lista de convidados está o secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias, que participará num debate sobre a actividade física, que decorrerá na noite de sexta-feira, a partir das 21h30, na Aula Magna da Universidade dos Açores. A iniciativa está aberta a toda a população. Neste debate participarão ainda Pedro Pauleta, Genuíno Madruga, Fernando Seabra (conhecido comentador desportivo e presidente da Câmara Municipal de Sintra), sendo o mesmo moderado por Fernando Guerra.
Neste mesmo dia, a comitiva encarnada promoverá duas acções em estabelecimento de ensino. A primeira decorre na escola da Ribeira Grande (11h30), enquanto a segunda terá lugar no pavilhão Sidónio Serpa (15h30), em Ponta Delgada, juntando alunos e docentes das escolas das Laranjeiras e Domingos Rebelo.
No sábado, 30 de Janeiro, decorre o jantar de aniversário no Pavilhão do Mar, na maior cidade açoriana. De manhã, terá lugar uma sessão de apresentação de cumprimentos à Presidência do Governo Regional dos Açores, à qual se seguirá uma almoço no Hotel Terra Nostra, nas Furnas, com visita ao parque botânico.


JornalDiario

A Entrega

É usual referir-se, a propósito da prestação de determinado jogador em determinado desafio, a sua entrega ao jogo. Muitas vezes, é até o critério usado para distinguir uma boa exibição de uma má exibição. Dois erros subjazem a tais apreciações: 1) o de achar que aquele jogador que demonstra maior disponibilidade física, que luta mais, que vai mais vezes ao choque, que procura remar contra a maré usando a agressividade, tem mais vontade de ganhar do que os restantes colegas e 2), por arrasto, imaginar que a entrega ao jogo se evidencia pelo empenho físico, pela presença no centro de jogo, pela discussão de todas as bolas.

Entregar-se ao jogo é tudo menos uma questão física. Pelo contrário, "dar o litro", usar todas as energias ao seu dispor para impedir o adversário directo de agir, correr mais que os colegas são, por norma, sinais de falta de entrega. Isto porque a "entrega" não é, ou não deveria ser, uma coisa física. O futebol, apesar de 99,9% dos jogadores, treinadores, comentadores e adeptos não o saberem, é um jogo essencialmente intelectual. Se há coisa, portanto, que um jogador deve entregar de si, é o intelecto. Entregar-se ao jogo significa ceder às exigências tácticas do treinador, ceder àquilo que se lhe pede; significa convencer-se das suas limitações e não as aceitar, jogando sempre, ainda que isso lhe seja complicado, de modo a melhorar-se. Por entrega entende-se então a predisposição para agir em conformidade com o que é contrário à sua natureza, com o que é contrário ao que é fácil de fazer. Um jogador que se entrega é aquele que arrisca sair a jogar quando o fácil seria dar um pontapé para a frente; é aquele que, apertado, tenta dominar a bola e pô-la junto à relva para dar seguimento à jogada; é aquele que tenta desarmar o mais lealmente possível pois, não recorrendo à falta, é obrigado a desenvolver outras competências; é aquele que está o mais possível concentrado, de modo a cumprir o melhor possível o seu papel; é aquele que procura a melhor solução, ainda que seja a mais difícil. Estes são os únicos que põem os interesses colectivos à frente dos seus. Aliviar quando não é estritamente necessário, apenas para se salvaguardar de um erro, jogar o mais longe possível para que um eventual erro não aconteça perto de si, cabecear para longe quando poderia dominar e jogar para o lado, correr feito maluco para desarmar um adversário sem ter atenção ao posicionamento dos colegas e de toda a sua equipa, desarmar com agressividade excessiva, correndo o risco de cometer faltas escusadas, jogar num companheiro que, embora tenha condições de receber a bola, vai ficar sem apoios, apenas porque essa era a sua opção mais fácil, são acções de quem não se entrega ao jogo.

Entregar-se ao jogo não tem nada a ver com transpirar, com quilómetros corridos ou com demonstrações de virilidade. Entregar-se ao jogo é aceitar os seus defeitos e procurar melhorá-los, é reconhecer que o futebol é um jogo complexo e que a simplicidade não leva a lado nenhum. Isto, para muita gente, será complicado de perceber, mas corresponde à mais pura das verdades. Muitas vezes, diz-se que os jogadores complicam o que é simples e que, quanto mais simples os processos, mais eficazes. Isso não é verdade. O futebol não é um jogo simples. É até muitíssimo complexo. Se há equipas cujos processos parecem simples, é porque os jogadores têm a capacidade de tornar o que é complexo em simples. Nada mais. O futebol é complexo e exige muito do intelecto dos jogadores. Aqueles que mais se entregam são aqueles que procuram não simplificar as coisas, só porque lhes é mais fácil. Muitas vezes, estes jogadores são acusados de inventar, de não jogarem simples e até de falta de vontade. Isto é errado. Não raro, estes jogadores têm uma consciência mais apurada que todos os outros e sabem que, em certas situações, é preciso inventar, é preciso complicar, ainda que, a título individual, isso possa trazer-lhes complicações. Ao colocarem os interesses colectivos à frente dos seus, arriscam-se a serem condenados pela percepção errada que os outros têm das coisas.

Resumindo, a entrega ao jogo, esse mito urbano, é algo que só faz sentido a nível intelectual. Aqueles jogadores que referem, no final dos jogos, que apesar de não terem ganho, deram tudo o que tinham, raramente estão correctos. Dar tudo o que se tem não é dar toda a disponibilidade física que possuem, não é despender todas as energias ao seu dispor; é, isso sim, fazê-lo de uma maneira correcta, pensando sempre se cada pingo de suor está a ser empregue de forma inteligente e pensando sempre que, por mais difícil e custosa que seja cada acção, se deve tentar ser capaz de coisas cada vez mais difíceis. Entregar-se ao jogo tem, pois, muito pouco a ver com aquilo que Liedson ou Bynia fazem, só para dar alguns exemplos. Aqueles que mais se entregam são, normalmente, muito mais discretos do ponto de vista da agressividade. Mas o povo quer é empenho físico, quer é choques em contramão, quer é sangue, suor e lágrimas. É compreensível: afinal, se uma divindade descesse ao mundo dos homens, facilmente passaria por intrujão. A bitola do povo, por norma, está ao nível das suas competências intelectuais. Pedir a um público essencialmente analfabeto para ver num jogo mais do que aquilo que o seu intelecto estaria disposto a dar, caso fossem jogadores, seria como pedir a São Francisco de Assis que se tornasse materialista.

domingo, 24 de janeiro de 2010

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Coragem...

"Não é obrigatório que só por ver como as características da equipa não favorecerem uma cultura de posse (indo assim passar a maior parte do jogo sem bola) que o treinador deva optar logo por um jogo mais directo, abdicando do que seria o seu modelo, afinal as ideias de jogo que considera a melhor forma de jogar bom futebol.

"Luis Freitas Lobo, in "Porque «jogar bem» é específico".

Da mesma maneira que não é fácil educar bem uma criança, colocar uma equipa a jogar futebol de qualidade é uma tarefa que envolve alguma complexidade. Requer tempo, perseverança, disciplina, metodologia, discernimento e coragem, muita coragem. A coragem necessária para impor o modelo que preconizamos, assim como a interpretação do mesmo.Para alguém que nunca andou em nenhum dos dois, será sempre mais complicado conduzir bem um automóvel que uma parelha de cavalos; no entanto, os benefícios de optar pelo primeiro sobre o segundo (salvo raras excepções) é evidente .Não é fácil impor um modelo que, por ser mais exigente, vai encontrar mais resistência por parte de uma significativa fatia dos jogadores. Aqui importa realçar a concepção de "exigente": normalmente, quando se fala em exigência e entrega, pondera-se apenas factores físicos, coisa de que discordo totalmente. A exigência não se pode resumir a esforço físico, como se de um cavalo de corrida se tratasse. A exigência terá de passar por uma interpretação correcta, de cada jogador, do que o modelo de jogo escolhido requer. Ou seja, é importante que da parte dos jogadores haja disponibilidade intelectual para compreender o modelo de jogo.Assim, quanto mais exigente for o nosso modelo, maior será a resistência encontrada pelo treinador. A verdade é esta: é muito mais fácil optar por um estilo directo, que separe sectores, que parta o jogo em dois momentos, que escolha a marcação individual etc., do que escolher um modelo de jogo que, apesar de lhe permitir ser mais forte como equipa, vai dar mais trabalho a criar automatismos.Uma filosofia de jogo que passe por ter um bom jogo posicional, com uma boa posse e circulação de bola, com as transições defesa/ataque e ataque/defesa bem definidas, que defenda à zona, etc., é algo que requer algum tempo até se atingir os objectivos que se pretendem. Todavia, um modelo desta natureza apresenta um potencial e uma capacidade evolutiva que um modelo como o que foi citado anteriormente não possui. E isto está relacionado com a exigência que um e outro apresentam.E aqui a obrigação do treinador passa por arranjar estímulos para que os seus "pupilos" interpretem bem o que lhes é pedido. A partir de situações que lhes facilitem a compreensão de todas as virtudes do modelo proposto pelo seu técnico, os jogadores terão de compreender que, apesar de mais exigente, aquela filosofia é a melhor. E não o contrário. Ou seja, não é admissível que a incapacidade inicial de uma parte (seja ela grande ou não) do plantel obrigue o treinador a optar por um modelo mais "pobre", só porque este é mais fácil de interiorizar. Até porque esta opção acaba por ser penalizadora para os jogadores que demonstram competência para colocar o modelo de jogo pretendido em acção. O nivelamento quer-se por cima, nunca por baixo.A competência de um treinador terá de compreender, sempre, vários elementos: astúcia táctica, capacidade de análise do jogo e dos próprios jogadores, liderança, metodologia de treino, disciplina, carácter e coragem. Mais uma vez, coragem. Coragem para não ser apenas mais um, coragem para não se vender, para não cair no erro de ser mais uma "puta" no futebol, procurando os resultados no imediato a qualquer custo. Porque o futebol, a evolução do mesmo, merece melhor.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Época está a correr bem (mas podia estar melhor)

Numa altura em que está cumprida a primeira jornada da segunda volta da Liga Viatlis poder-se-á dizer que a época do Santa Clara até não está a correr nada mal.
Depois da desilusão que foi a última jornada do campeonato transacto, havia quem vaticinasse que os profissionais do clube não teriam estampa psicológica para dar a “volta por cima”, e que nunca conseguiriam lutar, novamente, pela subida.
Nada mais errado, digo eu agora. Os responsáveis encarnados tiveram o condão de aceitar o “naufrágio” de Santa Maria da Feira da melhor forma. Compreenderam o que tinha falhado, não apontaram o dedo a ninguém internamente, e partira para outra.
Dotaram a estrutura profissional do clube de mais elementos, principalmente no que diz respeito ao grupo de trabalho (elementos), e entraram na nova temporada com ambições e aspirações legítimas em voltar a lutar pela subida ao escalão maior do futebol português.
No entanto, permitam-me a opinião (este artigo é mesmo para isto) o maior reforço para esta época foi mesmo a continuidade de Vítor Pereira. Este técnico, que chegou a S. Miguel como um desconhecido – embora se soubesse que tinha trabalhado na formação do Futebol Clube do Porto (e sabe-se da exigência que é imposta no “reino do Dragão) – cedo mostrou que não vinha para S. Miguel para encher os bolsos.
Competente e ambicioso. Vítor Pereira é um treinador moderno, metódico, estudioso do futebol e que nada faz por acaso.
Já tive oportunidade de o ver trabalhar, não tantas vezes quantas gostaria, e realmente há trabalho de casa em tudo o que faz. Os treinos do Santa Clara não são para inglês ver, embora em S. Miguel raramente seja fácil “blindar” as portas dos aprontos.
Tudo é feito ao pormenor, os adjuntos sabem bem qual o seu papel e importância e isso reflecte-se aos fins-de-semana. Os jogadores sabem que joga quem estiver melhor. Não há, ou pelo menos não transpira para o exterior, problemas entre atletas, dirigentes e equipa técnica. Estamos, assim, perante um balneário blindado.
Este facto leva a que os resultados, até ao momento, alcançados sejam claramente positivos.
O Santa Clara segue na segunda posição, a somente um ponto do líder Beira-Mar, e o plantel respira saúde. Está claramente mais aliviado fisicamente do que na temporada passada, isto porque o grupo de trabalho é mais equilibrado, o que permite a Vítor Pereira melhor gerir, e rodar, o onze tipo. Mexer no “xadrez” não é sinónimo de perca de qualidade, o que é sempre importante quando se encara uma prova dura e competitiva como é a Liga Vitalis.
No entanto, e como não há bela sem senão, há um questão que tem de ser melhorada. As prestações, ou os resultados melhor dizendo, no Estádio de S. Miguel têm ficado aquém do exigido a uma equipa que pretende subir de divisão. Em casa, já foram perdidos preciosos pontos que muita falta poderão fazer na contabilidade do campeonato. Uma derrota e vários empates, alguns com conjuntos claramente inferiores, só são compreendidos pela postura adoptada pelas equipas que visitam S. Miguel. Como muito bem disse uma vez José Mourinho, a moda do autocarro pegou.
Quem visita o Estádio de S. Miguel fá-lo com dez homens atrás da linha da bola, dificultando, sobremaneira, a vida aos encarnados. Depois, num alívio da linha atrasada, lá aparece um homem vindo lá sabe-se de onde para concretizar. Tal facto faz com que o Santa Clara ande sempre à procura do prejuízo. Geralmente, a excepção foi o jogo com a Oliveirense, a equipa consegue recuperar. Chega ao empate, mas depois falta qualquer coisa. Enfim, sem dúvida que esta será uma questão a rever no que falta do campeonato. Competente como é, Vítor Pereira terá de arranjar alternativas para os jogos em casa.
Em contraponto, nas partidas realizadas fora o Santa Clara é mais competente. Na primeira volta, os encarnados não somaram uma única derrota. Empates e vitórias marcam o percurso dos açorianos fora de portas o que, diga-se, é excelente. Se tais resultados fossem acompanhados por um pleno de vitórias em S. Miguel, neste momento a subida estava mais perto.
A prova da excelente carreira fora da Região foi o último triunfo em Fátima. A equipa recuperou de uma desvantagem de dois golos, foi por ali fora, marcou cinco e saiu da terra do Santuário a cantar de galo, motivada e pronta para encarar o restante campeonato com uma enorme dose de optimismo.
A ver vamos como corre. A esperança mantém-se, alicerçada num trabalho de base que está a ser feito por uma equipa directiva e técnica de primeira água. Não venham é os jogos de bastidores que tantos pontos custam a quem, grão a grão, tenta “encher o papo”, o mesmo é dizer, luta por alcançar um patamar onde merece estar, sem favores de ninguém.
Em tempo de “lobbys”, talvez fosse uma boa hora para arranjarmos um na Liga de Clube. Alguém que não nos beneficiasse mas pelo menos que não nos prejudicasse.
Reforço que tudo o que está escrito é só a minha opinião, como tal é passível de ser refutada e até menos bem compreendida. Todavia, não me refugio em falsos dogmas. Digo e escrevo o que penso, sem pretender fazer “fretes” a ninguém. Não por ser mais corajoso do que outros, mas sim porque esta é a minha maneira de ser, pelo menos no que toca ao futebol. Porque não tenho o “rabo preso”, ninguém me paga, ando sempre longe dos corredores do poder do futebol.
Pediram-me para escrever e fi-lo, sem medo e receio daquilo que por aí poderão dizer.
A terminar, reforço, força Santa Clara.
Pedro Ferreira

Valeu a pena ir a Fátima!

1. A manhã de domingo acordou cinzenta e triste mas com a fé e confiança inabaláveis (adjectivos que caracterizam os verdadeiros adeptos do futebol) lá nos fizemos à estrada rumo a uma cidade que me habituei a gostar de visitar, sempre que a minha profissão o permite. Munidos de 2 megafones, 1 bandeira dos açores e 2 bandeiras da claque RED BOYS ON FIRE saímos de Lisboa convictos que esta viagem iria ser proveitosa (leia-se vitória do nosso clube). Quero destacar que esta viagem já estava a ser preparada á algum tempo e, no fundo, queríamos que tudo corresse bem, desde as condições climatéricas, passando pela organização de material alusivo ao clube e finalizando, claro está, com a soma de mais 3 pontos que nos vão levar à LIGA SAGRES. Ao chegarmos a Fátima, e nas imediações do estádio, deparamo-nos com a habitual (e sempre saudável) concentração de adeptos do Santa Clara (familiares, amigos e simples apoiantes deste fantástico grupo de trabalho). Pela segunda vez esta época (a primeira tinha sido no Cartaxo aquando da vitória sobre o Carregado), tivemos oportunidade de confraternizar com pessoas muito simpáticas e extremamente afáveis. Sem querer deixar ninguém de fora, gostaria de realçar a simpatia da mãe do Oliveira (sempre com um sorriso nos lábios e de uma simplicidade e humildade invejáveis) e a forma apaixonada como o pai do João Dias vive cada jogo do Santa Clara. Aqui fica a minha homenagem a este homem do norte (Viva o povo de Braga!!) que pela sua forma extrovertida e exuberante como nos costuma receber merece todo o nosso carinho e estima. Continuem assim!! Espero vê-los no Estoril lá para meados de Março e, mais importante que este jogo, espero, muito sinceramente, estar junto de vós a festejar a subida de divisão no norte do país porque sinto, tal como vocês, que este ano vamos fazer uma festa de arromba no início de Maio. Vai uma aposta?



2. Passando para o jogo propriamente dito, admito que fiquei desiludido com o futebol praticado pelo santa na primeira parte. Os jogadores pareciam apáticos, praticavam um futebol amorfo e com poucas ideias. Apesar de tudo, as bancadas continuavam animadas graças ao excelente som produzido pelos megafones (ao rever o jogo na sporttv apercebi-me que a nossa claque foi imperial e que o som produzido por nós era perfeitamente audível na tv) e ao constante apoio de toda a gente. Continuava a não gostar do jogo e a não perceber o que se passava com os jogadores. Talvêz tivessem ficado afectados com o golo madrugador marcado por Stopira na própria baliza. De facto, esta equipa quando sofre um golo muito cedo revela alguma dificuldade em reagir à desvantagem (quem não se recorda da nossa única derrota deste campeonato!). Foi uma primeira parte para esqueçer, sem dúvida, até porque do banco de suplentes o nosso treinador mostrava sinais de grande insatisfação com o desenrolar dos acontecimentos...havia que reagir e fazer alguma coisa para mudar o rumo do jogo... até que finalmente chegamos ao intervalo do jogo sem nada para contar sobre a primeira parte, a não ser a festa que fazíamos nas bancadas. Sem querer arranjar culpados para a péssima primeira parte da nossa equipa julgo que os jogadores do meio-campo estavam a falhar as marcações e não conseguiam pegar no jogo de forma a criar situações de golo (relembro que o único remate de algum perigo à baliza do fátima na primeira parte aconteceu por volta dos 40m da autoria de ...Stopira!). Ao olhar para o banco de suplentes pensei imediatamente em 2 jogadores que poderiam perfeitamente entrar em campo e tentar pegar no jogo a meio campo e criar oportunidades de golo: Valter e Ruy Neto.



3. Ao intervalo, aproveitamos para confraternizar mais um pouco com alguns familiares e amigos dos jogadores. Apesar do relativo frio que se fazia sentir no Estádio Municipal de Fátima, o grande impulsionador desta viagem (líder dos RED BOYS ON FIRE) lá ia tentando animar a malta e tentava, através do seu espírito positivo e "pa frentex", puxar pelas gargantas dos apoiantes. As "palmas" oferecidas durante o intervalo lá iam aconchegando o nosso estômago e preparavam uma segunda parte prestes a iniciar e que todos esperávamos que fosse bem melhor que a primeira. Não faço a ideia o que disse o mister Vitor Pereira ao intervalo mas, de certeza, que não entregou rosas aos jogadores. Nesse momento, gostaria de ser uma mosca para poder entrar no balneário e ouvir a palestra do mister. Nem quero imaginar os murros na mesa que foram dados ao intervalo!!!!!


4. Entrada de Ruy Neto em campo: momento decisivo do jogo. Quanto a mim, a entrada do nosso número 10 em campo foi crucial na reviravolta do marcador e no futebol praticado durante a segunda parte. Este jogador, que na primeira volta do ano passado rubricou exibições de encher o olho, está a aparecer e mostra sinais de uma frescura física impressionante. Já tinha entrado muito bem no jogo com o Desportivo das Aves criando desequilíbrios a meio campo através dos seus passes de ruptura, e voltou a mostrar em Fátima que podem contar com ele para a segunda volta do campeonato. Ruy Neto, para quem me conhece bem, foi um dos jogadores que me mais me surpreendeu o ano passado pela qualidade dos seus passes e pela inteligência do seu futebol. Durante um largo período do ano passado (sobretudo na primeira volta) Ruy Neto encheu o campo e foi considerado muitas vezes como o melhor em campo (jogos em casa com vizela e boavista). Não sei porquê mas a partir da segunda volta do ano passado teve uma quebra de forma inexplicável, o mesmo acontecendo com o início deste ano. Contudo, entrou em 2010 com o pé direito (diria que entrou com o pé esquerdo que é o seu pé de eleição) e fico extremamente feliz por voltar a ver em acção o Ruy Neto dos velhos tempos. Esperemos que, nos próximos jogos, o mister lhe dê mais oportunidades e que ele possa, através dos seus passes milimétricos, criar muitas oportunidades de golo a Nuno Santos, Rennan, Tatu e Rincon. Ruy Neto, que grande 2parte fizeste ontem!!!! Eu e o meu sobrinho já temos saudades da finta à Zinedine Zidane que nos habituaste o ano passado, a qual nós baptizamos de " Finta Avioneta".


5. Voltando à prestação da nossa equipa, não preciso de me alongar muito acerca da segunda parte do jogo. VIBRANTE, EMPOLGANTE, ÚNICA, ESPECTACULAR, FENOMENAL, IMPRESSIONANTE!! Meus amigos, mais palavras para quê!!
Acreditem nisto que vos digo: quem gosta realmente de futebol revejam a segunda parte do jogo. È um verdadeiro hino ao futebol!! Até o mestre Luis Freitas Lobo deve ter ficado sem palavras ao ver a exibição da nossa equipa na 2parte.


6. Não gostaria de terminar este artigo sem fazer referência a um jogador que me tem impressionado pela postiva a cada jogo que passa e que não me canso de dizer que será a principal revelação deste campeonato e uma das estrelas do futebol português: RENAN! É um jogador poderoso, dá muito trabalho às defesas contrárias e tem uma qualidade de remate impressionante. Apesar de revelar alguma lentidão quando tem a bola nos pés, consegue compensar este handicap com uma capacidade física e de combate que é muito importante neste campeonato. Consegue marcar golos de belo efeito (o golo marcado ontem é um exemplo) e consegue impor o seu físico em qualquer situação de jogo. Sem dúvida, foi um excelente reforço e se continuar assim, terá muitos clubes à perna. Continuo a dizer que este ano temos um plantel mais rico que o ano passado e a vinda de jogadores como Renan, Tatu e Danilo (outra excelente contratação) foi fundamental para conferir força, experiência e capacidade de combate a este plantel.
Meus amigos, temos um grande treinador, um grande plantel, uma grande claque (Parabéns Carlos!). O que nos falta para subir de divisão??? Já sei a resposta: VERDADE DESPORTIVA NOS ÚLTIMOS JOGOS DO CAMPENATO!!! Dirigentes do Santa Clara, estejam atentos às jogadas de bastidores nos últimos 5 jogos do campeonato!!!! Olho aberto!!!!


7. O meu onze para derrotar o Penafiel e subir ao primeiro lugar (vamos ter um empate no Beira-Mar /Portimonense da próxima jornada): Matt Jones; Hernani, João Dias, Danilo, Sociedade; Tó Miguel, Ruy Neto, Oliveira e Nuno Santos; Renan e Tatu.

VIVA OS AÇORES!
VIVA O SANTA CLARA!
VIVA OS RED BOYS ON FIRE!

Tiago Oliveira
(tiagooliveira25@gmail.com)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Santa Clara ainda paga a gestão danosa do passado


Dr. Mario Batista
Presidente adjunto do Clube Desportivo Santa Clara






Até ao momento, a época do Santa Clara na Liga Vitalis está de acordo com as expectativas da direcção?

É evidente que podia estar melhor. Há pelo menos meia dúzia de pontos perdidos em casa que foram uma pena. Mas o futebol como fenómeno desportivo que é tem uma característica para a qual não existe solução: a imprevisibilidade dos resultados.
Mas em todo este processo de relançamento e reestruturação do futebol profissional do Santa Clara o que é importante salientar é que a formulação do convite ao Prof. Vítor Pereira para um projecto ambicioso, de três anos, em que fossem lançadas bases sólidas de sustentabilidade desportiva, tinha um objectivo muito claro: a ascensão ao escalão maior do futebol português.

Este segundo ano do projecto não só demonstra a consistência que o mesmo tem conseguido desde a primeira hora, como nos dá garantias de quão certa foi a nossa aposta. Agora, neste processo de retoques, continuamos procurando encontrar os jogadores cujo perfil se ajusta e complete a marca Santa Clara que estamos implementando. O facto de sermos ultraperiféricos, acarreta condicionalismos acrescidos, e com base nisso procuramos jogadores que correspondam não só a determinadas características desportivas, mas também mentais, sociais e comportamentais. Jogadores que correspondam à Santa Clara. Caso contrário será muito mais difícil construir uma equipa consistente e compacta.

Foi neste contexto com que procedemos aos ajustes necessários, e porque confiamos nos jogadores que já cá estavam, e contamos com os jogadores que chegaram, pensamos estar em condições, com o apoio da massa associativa, de continuar a lutar até ao fim pelos lugares cimeiros do campeonato.

Na temporada passada, principalmente no final, falou-se muito em jogos de bastidores. Teme que este ano a história se posso repetir?

Efectivamente chegou-nos relatos de jogos de bastidores em partidas que envolvia determinado clube. Foi verdade ou foi mentira?
Embora tenhamos manifestado algum desagrado pela situação criada a quem de direito, efectivamente não sabemos porque de facto não possuímos qualquer prova que conduza a estes relatos.
Para este ano, espero bem que tudo corra dentro da normalidade e que esta seja o resultado da árdua disputa da bola dentro das quatro linhas.


Fala-se muito nas fracas assistências no Estádio de S. Miguel. Não seria tempo da direcção promover novas formas para cativar mais público?


As fracas assistências justificam-se também por no actual contexto do entretenimento existirem muitas alternativas, na maioria dos casos com excelentes condições para quem as frequenta, o que infelizmente não acontece com os espectáculos futebolísticos. Havia que repensar as comodidades oferecidas no estádio: conforto, serviços complementares, horas de alguns jogos.
Mas há também um outro aspecto que pouco se fala: os cerca de 1.000 espectadores que em média temos por jogo pagam o seu bilhete. Dantes, mesmo quando a média de espectadores era superior, as receitas de bilheteira eram significativamente mais reduzidas.


Porque não chamar toda a formação para o Estádio?

O Coordenador e a estrutura da formação estão totalmente identificado com esta problemática e a verdade é que sempre que possível surge o maior número de jovens nos jogos.
O que acontece por vezes é que como a maioria não tem meios de transportes próprios para as deslocações, e assim essa afluência fica condicionada inviabilizando pontualmente algum maior grau de participação.


O Santa Clara, enquanto clube, está preparado para assumir um projecto na Liga Sagres?


É evidente que sim. Desde Novembro de 2006 para cá tem havido o cuidado de realizar um diagnóstico o mais completo possível sobre o universo do clube, e numa primeira abordagem foi possível identificar um conjunto de problemas e inconformidades para os quais foram delineados um conjunto de acções que gradualmente têm sido ajustadas e implementadas. E isto desde a primeira hora teve sempre como objectivo o regresso à primeira Liga. Mas feito de forma gradual e consistente. Os erros do passando não são para esquecer!
De qualquer forma em qualquer estrutura organizativa as reestruturações nem sempre são bem vistas por algumas pessoas, surgem sempre barreiras à mudança, no caso até mesmo quanto à adopção de melhores práticas organizativas.
Agora uma coisa é certa existe sempre espaço para melhorar e o CD Santa Clara envolvido que está numa organização profissional ainda tem uma margem grande de melhoramento em diversas vertentes.


Será certamente preciso não repetir erros do passado...


É evidente que sim e nunca é de mais realçar que ninguém tem o direito de branquear o passado e muito menos minar o presente. Não podemos de forma alguma permitir que se caiam em novas práticas negligentes do passado para bem da saúde do Santa Clara.
Para que se fique com uma ideia do que as más práticas passadas provocaram bastará dizer que mais de 50% das receitas inscritas no orçamento estão, e continuarão a estar (pelo menos nas próximas épocas), comprometidas com o saneamento financeiro do clube. Só isto, e o que já foi definitivamente perdido, dá bem conta da má, se não mesmo danosa, gestão do passado.

O que se aplica também ao passado mais recente, pois, a forma como, à revelia da maioria de uma direcção já então empenhada numa mudança de práticas, foram renovados contratos com alguns jogadores, e efectuados outros contratos de forma mais ou menos leviana, tem também ajudado a condicionar a gestão do clube. Se neste segundo caso os danos financeiros não tem a mesma dimensão das gestões mais antigas, o mesmo não se pode dizer dos danos desportivos, pois estes foram consideráveis, sobretudo na passada temporada.


Será fácil segurar Vítor Pereira ao leme da nau encarnada?

Penso que a questão não deve ser colocada desta forma. A realidade é que o Prof. Vítor Pereira tem um contrato de três anos com o Santa Clara.
O que mais me agrada e dá mais gozo é de verificar que aquando da sua contratação muita gente questionou as suas competências e condenaram-me por esta opção e sobretudo a extensão do contrato (3 anos).
Quem não se recorda das pressões que foram feitas, evocando a experiencia de uns e a falta de experiencia de outros para que o lugar do Prof. Victor Pereira fosse ocupado por A, B ou C?
Agora, felizmente, a preocupação é outra, a de não o deixar sair. Alguns perceberam as suas competências e as de todo o grupo de trabalho, constituindo isso uma grande mais-valia para o Santa Clara.
Outros continuam como a avestruz, com a cabeça debaixo da terra como nada tivesse acontecido até que a “tempestade” da reestruturação passe e à escuta de nova oportunidade para ter de novo um emprego fácil, bem remunerado, mas negligente e incompetentemente desempenhado.

Quanto ao futuro temos a consciência que o Prof., e contrariamente ao nosso desejo não ficará a representar o Santa Clara por muito tempo, até porque é uma pessoa legitimamente ambiciosa, tem objectivos mais elevados, os quais o Santa Clara, infelizmente, no presente não pode acompanhar.
Temos confiança que haveremos de descobrir outro “Vítor Pereira”, alguém que em parceria com o Santa Clara dê continuidade ao projecto de consolidação do clube que ele iniciou, revolucionou e credibilizou.


A continuidade depende, ou não, da subida de divisão?


O que posso afirmar de forma categórica é que o Prof. Vítor Pereira tem um contrato de três anos com o Santa Clara, ou seja, até à época de 2010-2011.
Agora neste negócio do futebol tudo é possível e como tal tudo pode acontecer.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Tive pena...

Estive nos últimos dias pelo Continente em trabalho. Regressei a Ponta Delgada na manhã de domingo ainda a tempo de assistir pela televisão a mais uma jornada gloriosa do nosso Santa Clara. Confesso que, por momentos, estive deveras preocupado. O resultado de dois a zero a favor do Fátima não dava para grandes satisfações. Com sono, fruto das poucas horas de sono nos dias anteriores, acordei para a vida quando Tatu reduziu a desvantagem. A partir daí nunca mais conseguir pregar olho, tal a qualidade do jogo evidenciado pela nossa equipa. Foi ver um Santa Clara pleno de atitude a cavalgar em cima de um Fátima que, de um momento para o outro, pareceu atordoado, sem perceber bem o que se passava. Os golos sucediam-se, a qualidade de jogo aumentava e eu dava por mim a pular na cadeira. Na véspera, tinha estado em Alvalade a assistir ao Sporting/Nacional e, como sportinguista que sou desde criança, não tinha conseguido vibrar tanto. Constatei assim que, neste momento, o meu clube é o Santa Clara e o resto vem depois.
Com este treinador e jogadores podemos almejar a algo de bom (subida) tal é a garra e o espírito de entre-ajuda que visionamos. Por vezes, parece que são todos jogadores da Região, habituados às tempestades que por cá vão surgindo, mas com uma enorme vontade de ultrapassar as mesmas. Ontem, em Fátima, foi assim. Fomos atropelados para viemos à tona. Em boa hora o fizemos porque mostramos que mesmo com erros de arbitragem (o lance do penalty a favor do Fátima é incrível) não nos derrubam. Ontem, e hoje ainda mais, tenho a certeza que rumamos pelo caminho certo e que o porto final está cada vez mais perto. Vão ter que levar connosco na Primeira Liga, quer queiram quer não.
Uma confissão: prometi ao meu amigo Carlos Lima, que ontem esteve em Fátima, que escreveria este texto ontem. Mas acho que ele deve compreender que ao entusiasmo segue-se o cansaço e o corpo não é de ferro. No entanto, aqui está ele. Com alma e coração, um pouco à semelhança com aquilo que existe a rodos no seio do nosso plantel profissional. Tive foi pena de não ter decidido ir a Fátima. Deve ter sido, vi pelas imagens televisivas, uma festa espectacular.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Visita do Glorioso a Fátima

Acabo de ver pela SporTV o (grande) jogo que o Santa Clara realizou pelas bandas de Fátima.
O Santa Clara, que arrancou uma soberba vitória – mais uma fora de portas – a partir de um momento em que perdia por duas bolas.
A partir desse momento, o jogo transfigurou-se, arrancando o clube encarnado (neste jogo a equipar de branco) para uma expressiva vitória. Por nada menos de 5 a 2. Repondo o nosso Glorioso dos Açores na corrida ao título da Liga em que está envolvido.
Jogou bem, foi inteligente. Por consequência só podia ganhar. Ainda por cima, dir-se-ia que teve ajuda em campo do seu reservado treinador - já agora convém não o esquecer; a empatia que aparenta ter conseguido com a equipa é pelo menos invejável, e até agora tem-na guindado para os lugares cimeiros da Liga Vitalis (que de resto lhe ficam bem) e provocam o manifesto júbilo e a grande esperança de voos (ainda) mais altos entre as suas hostes.
Não dá jeitinho nenhum a eventual perca deste élan merecidamente conquistado pela equipa açoriana.
O Santa Clara, que se encontra próximo do primeiro lugar, joga no proximo dia 31 em Ponta Delgada.Precisa como nunca do público açoriano. E por mim só espero que não falte nas bancadas gente que apoie a equipa; que bem o merece, a avaliar pela sua última prestação fora de portas, há minutos terminada.
Que até mereceu alguns elogios no final do encontro por parte dos comentadores televisivos.


Antonio Praia
praia@mail.telepac.pt

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Considero-me uma pessoa de causas, e julgo que sou suficientemente determinado e corajoso


Manuel Cruz Marques

Presidente do Clube Desportivo do Santa Clara



Como encontrou o Clube quando tomou posse?

Como é sabido, eu já vinha de uma direcção anterior quando tomei posse como Presidente da Direcção do Santa Clara.
E este é já o meu segundo mandato como Presidente. Dai que a situação do clube não fosse desconhecida para mim. Aliás, eu sabia que o Santa Clara estava numa situação difícil, a qual tinha que ser cuidadosa e criteriosamente abordada, embora com grande determinação e coragem, sobe pena do clube poder entrar num processo de insolvência da qual não houvesse retorno.
Mas, eu considero-me uma pessoa de causas, e julgo que sou suficientemente determinado e corajoso para, sempre em cooperação com os outros, assumir projectos que se justifiquem e pelos quais valha a pena lutar.
Fui sempre assim, em todo a minha vida. E voltou a ser assim, quando assumi o desafio de tentar recolocar o Santa Clara no espaço e na grandeza que lhe é devida.
E posso dizer-lhe que, mau grado ter experimentado muitas agruras, mau grado o grande sacrifício pessoal que tenho feito e as privações que tenho originado à minha família e ao convívio dos amigos, bem como o ter sido confrontado com muitas situações que me desagradaram profundamente – muitas delas vindas de onde não esperava que viessem… - não me arrependo de ter abraçado esta causa.

A vida tem-me ensinado muitas coisas. E uma das coisas que me ensinou foi que, de facto, como disse o poeta, “tudo vale a pena, se a alma é pequena…”


Como Classifica a situação actual do Clube?

Podemos assumir que, em termos económicos e financeiros, a situação do clube está controlada, muito por via de uma indispensável e inevitável redução de custos.
Claro que gostaríamos de ter tido a capacidade de gerar mais receita, ou de beneficiar de maiores verbas para gerir o clube. Isso, porém, não foi possível.
Por um lado, porque a crise nacional e internacional também se fez sentir, com grande intensidade, na Região, e isso afectou-nos bastante; por outro lado, a Direcção a que presidi – tal como aquela a que agora presido, embora mais aquela do que esta… - apanhou o clube numa curva descendente, num ciclo negativo, sendo muito difícil cativar investimento e, até mesmo, manter todas as parcerias anteriores.

Numa primeira fase, tratamos de recuperar a credibilidade junto da sociedade local e dos parceiros institucionais e económicos, desde logo definido – e, depois, cumprindo integralmente – um plano de assumpção e resolução dos compromissos e dos encargos assumidos junto do tecido empresarial e económico, bem como da banca e das instituições públicas fiscais.

Numa fase subsequente, e sobreposta, tivemos de reavaliar e renegociar a divida do clube.
Nessa altura, constatamos que era inevitável a entrega do Complexo Desportivo à instituição bancária que era o nosso parceiro financeiro, sob a forma de dação em pagamento. Aliás, esse foi, no fundo, apenas um pró-forma, uma vês que o referido bem já havia sido dado como garantia ao clube, o qual o clube não tinha qualquer
Condição real de pagar. Por outro lado, essa operação permitiu uma redução do passivo do clube em mais de 50%, bem como um significativo abaixamento dos encargos com a dívida remanescente. Essa era, sem qualquer dúvida, a única saída possível que permitiu a redução dos encargos financeiros de curto, e médio e longo prazo, tomando-os suportáveis e enquadrável na realidade orçamental do Clube.
Devemos entender que o Santa, como a generalidade das instituições desportivas da sua grandeza e características, não pode ser gerido para dar lucros, mas antes para realizar objectivos desportivos suportados nos orçamentos possíveis, de acordo com as disponibilidades do momento. É assim com todos os clubes, sejam eles maiores ou de dimensão mais comedida.

O clube vai realizar um jantar a 30 de Janeiro, no Pavilhão do Mar, está reservada alguma surpresa para a ocasião?


Vamos tentar fazer uma festa que honre o Santa Clara, as suas raízes e os seus sócios e adeptos. Como aliás sempre temos tentado fazer.
Neste momento, as surpresas não devem marcar o nosso quotidiano associativo. Até porque as surpresas que temos tido são sempre de sentido negativo. É por isso que queremos que a vida do clube seja o mais possível pautada pela previsibilidade e pela gestão racional dos recursos.

De qualquer modo, a haver alguma surpresa, ela deixaria de o ser se anunciássemos que haveria uma surpresa, não é verdade?

Caso o clube suba, como será a gestão do Santa Clara na liga Sagres, sendo certo que no passado foram cometidos graves erros, muitos dos quais que ainda estão sendo pagos…

Tem razão quando diz que muitos dos erros ainda estão sendo pagos. Devemos porém, para ter uma maior noção da verdadeira dimensão do problema, dizer que muitos vão levar muito tempo a pagar, e vão custar-nos muitas vezes mais do que o seu real valor inicial.
É por isso que, independentemente do escalão em que viermos a militar no futuro mais próximo, a gestão do clube tem de ser racional, séria, honesta e sobretudo, enquadrada na real dimensão do clube e das suas possibilidades. Como é evidente, se o Santa Clara vier a ascender ao escalão maior do futebol português, como esperamos, desejamos, e para o que trabalhamos com grande empenho, as receitas serão maiores e, consequentemente, teremos condições para nos munirmos de mais e melhores recurso, humanos e matérias. Mas não poderemos voltar a cair na tentação de dar um passo maior que a perna, sobe pena de hipotecarmos, em definitivo, o futuro do clube. Há exemplos muito eloquentes do que tem acontecido, invariavelmente, àqueles que não tem sabido gerir-se no respeito pela sua dimensão verdadeira. O Santa Clara não aguenta mais “rombos”, como tal, não pode voltar a ceder tentações nem a enveredar por caminhos que apenas conduzem ao precipício…

Acredita que este será o ano da subida?

Acredito que, com trabalho, muito trabalho, de todos – técnicos, atletas, dirigentes, sócios, adeptos… – vamos poder estar à altura do que o clube, a freguesia, a cidade, a região e a diáspora, esperam de nós. Sinceramente, acredito que assim será.
E se formes empenhados, humildes, trabalhadores, honestos, unidos, poderemos chegar onde pretendemos.
Claro que há factores que não o controlamos, situações que nos são hostis e interesses, instalados, que colidem com os nossos.
Mas, a isso, só podemos responder com a bravura, com garra, com determinação e total entrega à nossa causa, que é a glória do Santa Clara.

Se apesar de tudo, não conseguimos os nossos intentos, poderemos lamentar-nos.
Mas, concerteza, também ficaremos em paz connosco próprios, por termos feito tudo o que deveríamos fazer.

Como classifica o trabalho de Vítor Pereira?

O nosso treinador tem feito um trabalho de excelente qualidade, baseado nas inequívocas qualificações que possui ao nível do treino desportivo, mas também na excelência do tratamento e relacionamento que mantém com os atletas e com os dirigentes.
Estou, por isso, muito satisfeito.

A equipa está agora muito mais adulta e consistente, embora os resultados meramente desportivos não estejam ao nível da sua qualidade intrínseca. No desporto, o factor sorte e as incidências pontuais e imprevistas têm um peso que, por vezes, dita realidades muito injustas. Vamos esperar que as coisas possam mudar, de maneira a podermos amealhar os pontos a que temos feito jus, efectivamente.
Aproveito para lançar um apelo a todos, independentemente do grau de envolvimento e responsabilidade que têm no clube, para que mantenhamos unido e fortalecido o grupo de trabalho, e para que saibamos subordinar as nossas opiniões e pontos de vista ao interesse do grupo, evitando situações que contribuam para o enfraquecimento e desunião do grupo de trabalho, como aconteceu neste clube, num passado recente.

A nossa postura tem de ser, sempre, a de acrescentar valor unidade e confiança, e nunca a de diminuir a coesão e de semear a discórdia.

Havendo a consciência de que o trabalho do técnico está a ser apreciado no exterior, até quando será possível segurar Vítor Pereira no Santa Clara?

A filosofia do Santa Clara não é a de segurar ninguém.
Agradecemos, e ficamos muito felizes, de ter no Santa Clara pessoas com valor, dedicadas ao clube, empenhadas e com espírito de VITÓRIA. Apreciamos bastante os bons profissionais, honestos e com grande espírito de entrega ao projecto, e procuramos manter com eles uma relação de grande confiança e de mútuo respeito.
Por isso mesmo, quando as incidências do fluir normal da vida apontam no sentido de nos separarmos para que cada um de nós continue a crescer, aceitamos esse facto com toda a naturalidade.

Assim, enquanto o Santa Clara e Vítor Pereira mantiverem uma relação simbiótica, proveitosa para ambos, manter-nos-emos juntos. Quando essa relação deixar de ser boa para ambas, ou para qualquer, das partes, será inevitável que cada um siga o seu caminho. Até esta data, todos temos ficado a ganhar, e esperamos que possa continuar a ser assim para muitos e bons anos. Mas, repito, só se for do interesse de ambas as partes.

A construção de um complexo desportivo poderá ser determinante para que a nossa formação do Santa Clara obtenha outra visibilidade e assuma a relevância que já teve?

Os escalões de formação do Santa Clara estão em actividade há muitos anos, sempre com o intuito de servir as populações e de se constituir como instrumento coadjuvante na educação da nossa juventude, e não apenas como promotor da prática do futebol. Como em todas as coisas na vida, também na formação do Santa Clara existem ciclos, um processo absolutamente natural. O que não significa, de todo, que abdicamos de melhorar as coisas. Antes pelo contrario; cada vês nos sentimos mais motivados para melhorar o que pode ser melhorado.
Com o desaparecimento do Complexo Desportivo – o qual, na verdade, não oferecia as condições mínimas para a prática desportiva e para evolução dos nossos jovens atletas… - a organização das estruturas e rotinas da formação sofreu algumas alterações inevitáveis. Estamos, ainda, num período de reacomodação, material e funcional, fruto das condições que agora se nos oferecem. Continuamos, contudo, a servir os nossos jovens com o mesmo empenho e entusiasmo que sempre colocamos nesta missão, e estamos a desenvolver os esforços necessários para poder-mos usufruir das infra- estruturas e dos meios materiais indispensáveis ao trabalho que queremos desenvolver.

As coisas estão bem encaminhadas, e esperamos tê-las resolvidas, na sua maior parte, nos próximos meses. Não estamos, propriamente, a colocar como primeira prioridade a construção de um novo Complexo Desportivo, mas temos expectativas de poder vir a conseguir instalações capazes de proporcionar as condições de que outros já hoje usufruem, e com todo o direito e justiça.

Sendo certo que o Estádio de S. Miguel necessita de melhoria caso o clube suba de divisão, este assunto já foi abordado com o Governo Regional?

O Estádio de S. Miguel é uma infra-estrutura tutelada, gerida e mantida pelo Parque Desportivo de S. Miguel, a qual é utilizada pelo Santa Clara para a realização das partidas de futebol integradas nos calendários dos quadros competitivos em que estamos envolvidos, bem como para algumas sessões de treino desportivo.

Claro que as condições do recinto de jogo e das instalações para o público, atletas, árbitros e jornalistas nos preocupam, e dessas preocupações temos dado conta às entidades competentes, no âmbito do relacionamento que com elas mantemos.

Estamos, por isso, calmos e serenos, e temos a certeza que, tal como no passado, não será por falta de condições no Estádio que o Santa Clara deixará de participar, eventualmente, nas provas do escalão maior do futebol Português, se a elas ascender-mos por direito desportivo.

O Governo Regional, e as outras entidades com responsabilidade na matéria, não deixarão de, uma vez mais, assumir as suas responsabilidades, e voltaremos, certamente, a ser unanimemente reconhecidos como alguém recebe muito bem os que nos visitam.

Esperemos que esse seja um problema que tenhamos de resolver já para a próxima época…

Quer deixar uma mensagem final?

Gostaria que nos uníssemos, todos, em torno do Santa Clara, e que cada um de nós tivesse uma participação grande na caminhada do clube em direcção ao patamar a que tem direito no desporto Nacional, bem como no saneamento dos problemas orçamentais, patrimoniais e de tesouraria que ainda subsistem.

Os Açores merecem um Santa Clara que esteja ao mais alto nível.

Lanço, a todos, um repto: como nós, acreditem! Na força do Santa Clara, nós Acreditamos!

Bem-haja, todos vós!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Diakite fica referenciado

Uma semana a treinar no plantel do Santa Clara permitiu a Vítor Pereira apreciar as qualidades de Abdlaye Diakite, defesa-central que mostrou atributos para ser um jogador de referência no futuro mas que no imediato não reúne todos os elementos para preencher a vaga em aberto no plantel dos encarnados de Ponta Delgada.

O internacional sub-21 francês completa nesta sexta-feira o período de trabalho à experiência mas já sabe que não integrará, pelo menos para já, a equipa açoriana, pois apesar de lhe serem reconhecidas qualidades, não reúne a maturidade e conhecimento do campeonato da Liga de Honra que Vítor Pereira deseja no reforço que está à procura.

O francês fica referenciado para contactos futuros, tal como já estão Ryan Maduro e Gudwin Birago, médios que já prestaram provas do Santa Clara e deixaram boas indicações ao técnico. No entanto, a juventude de todos eles levou o clube a não arriscar a contratação de qualquer um deles.

Quer isto dizer que a turma de Ponta Delgada permanece no mercado à procura de um central que possa ser alternativa aos titulares João Dias e Danilo Rocha, dando o treinador preferência a um atleta que conheça o campeonato e apresente maturidade competitiva suficiente para ser opção no imediato e não apenas a longo-prazo.


Sportzoom

Centrais altos e espadaúdos

Há quem diga que os atributos físicos dos jogadores têm relevância no que concerne à posição que ocupam em campo. Não me quero delongar em excesso, pelo que queria apenas falar sobre defesas centrais. Estas pessoas acham que, num central, a altura é determinante. As mesmas doutas pessoas advogam que pode haver excessões (como um Cannavaro), mas essas são raras. E numa dupla de centrais, um mais baixo deve ser sempre compensado por um mais alto. Essas pessoas acham, portanto, que os atributos físicos são o mais importante quando se determina a posição de um jogador. Provavelmente, acharão que um extremo tem de ser obrigatoriamente rápido.

O argumento, no que diz respeito aos centrais, é que jogam numa posição em que é determinante ganhar bolas de cabeça e defendem-se dizendo que centrais baixos, como Cannavaro, compensam com uma impulsão extraordinária. Ou seja, essas pessoas creêm que, ou se tem altura, ou se tem impulsão. Isto porque um defesa deve ser capaz de ganhar bolas de cabeça. Queria dar um exemplo que manda isto tudo às favas. O Inter de Mourinho ganhou hoje por 4-0 à Roma. Jogaram a central Chivu e Córdoba, uma dupla de centrais com uma média de altura claramente inferior a 1,80 metros. Como médio-defensivo, numa posição onde, para muitos, sobretudo contra equipas que jogam um futebol mais directo, se deve dar importância à altura, Mourinho apresentou Cambiasso, um jogador também abaixo dos 1,80 metros. Ou seja, o Inter jogou com três jogadores relativamente baixos nas posições onde, por norma, se diz que é importante haver altura. E ganhou. E goleou. E não teve problemas por causa disso. E é primeiro no campeonato. Chama-se "jogar futebol", para quem não souber.

Onde outros precisam da altura de Meira para jogar contra Suécias, Mourinho precisa de jogadores que se saibam posicionar e que ofereçam qualidade suficiente no processo ofensivo. A altura não é um atributo fundamental num defesa. Há muitos e bons defesas que foram ou são relativamente baixos: Baresi, Cannavaro, Córdoba, Chivu, Ricardo Carvalho, Daniel Carriço, etc. E isto porque ganhar bolas de cabeça é francamente menos importante que um bom jogo posicional colectivo que permita ganhar as segundas bolas. Mourinho continua a dar lições, mas poucos lhe prestam atenção. Continua a achar-se, por exemplo, que contra equipas que têm jogadores altos na frente e jogam um futebol directo para eles, é necessário ter altura. Mas a altura não se combate com altura. Combate-se com bom posicionamento, com velocidade de reacção, com jogadores capazes de preencher os espaços nos quais vão cair as segundas bolas. É por isso que seria perfeitamente possível ter dois Moutinhos a central, isto é, dois jogadores com a envergadura de Moutinho. Não é a altura que faz um central, como não é a velocidade que faz um extremo. São as disposições intelectuais, as rotinas de jogo, a desenvoltura própria da habituação à posição, etc.

Para terminar, uma pequena referência à forma de trabalhar de Mourinho. Para muitos, Mourinho dá importância aos atributos físicos. Mas o exemplo dos centrais, bem como do médio-defensivo, vem desmentir tudo isso. Ou seja, se nas equipas de Mourinho há jogadores de boa estampa física, ou jogadores altos, ou jogadores rápidos, ou jogadores fortes, ou jogadores agressivos, ou jogadores muito dotados tecnicamente, é coincidência. Aquilo que não há é jogadores burros. E os que há são despachados em negócios que envolvem a transferência de outros atletas. O primeiro critério na escolha dos jogadores de Mourinho são as disposições intelectuais. Jogar com Córdoba, Chivu e Cambiasso evidencia isso. Aquilo que importa em Muntari não é a força; a força é apenas um acrescento. E um acrescento que uma equipa com dinheiro pode dar ao luxo de adquirir. O que não pode faltar é inteligência, é capacidade de perceber o jogo. O que importa em Ibrahimovic não é a altura nem a capacidade técnica; o que importa em Drogba não é a força; o que importa em Essien não é o pulmão. Isso são acrescentos. O que importa é a saúde mental, são as boas decisões, a qualidade das opções, etc. Tirando os extremos, Mourinho pretende jogadores essencialmente inteligentes. E prefere-os mesmo que eles não possuam os atributos físicos ou técnicos que melhor os potenciem.

Mapa jogos formação dias 16 e 17 Janeiro

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O verdadeiro adepto de futebol

O que é o verdadeiro adepto? Aquele que exulta com cada lance, ficando roxo de tanto gritar? Aquele que insulta, do primeiro ao último minuto, o árbitro, a mãe do árbitro, o adversário, a mãe do adverário, o adepto adversário, a mãe do adepto adversário, e todos os outros e as mães de todos os outros?
Aquele que defende, com a vida, se for preciso, a honra do seu clube?
Não! O verdadeiro adepto, o verdadeiro apreciador de futebol não se comporta como se comporta a generalidade dos adeptos de futebol. Porquê? Simples. Porque não vai para o estádio para se sentir superior, mas para assistir a um espectáculo. E um espectáculo, como o é um jogo de futebol, não é uma batalha, nem sequer uma competição. O futebol é, acima de tudo, arte. Não digo que se deva retirar ao futebol o elemento competitivo. Longe disso. Esse elemento é fundamental. Até porque o futebol é uma espécie de arte que tem uma finalidade clara que é o golo e a vitória. Sem esse desígnio, não poderia ter expressão. Mas então qual é o problema do adepto que vai para o estádio para se sentir melhor que o vizinho? Simples. Ao invés de se regozijar com o espectáculo, o adepto comum contenta-se somente com o êxito do seu clube. Mas, se ele deve patrocinar a competitividade, não deve felicitar-se com as vitórias? Não! A vitória, o sucesso não é o mais importante no futebol! São o seu fim, não aquilo que o define. Por que não? Porque, como disse, o futebol é mais do que aquilo que o adepto comum pensa que é. O futebol é arte. E, como toda a arte, o seu objectivo não é o sucesso ou o insucesso, mas ela própria. Quando um bom cinéfilo vai ao cinema, só fica satisfeito se a qualidade da película corresponder aos seus padrões de qualidade. Pouco importa que a sua personagem preferida não fique com a mulher por quem está embeiçada ou que morra tragicamente no final. Perante um conhecido quadro de Goya em que se retrata a execução de um grupo de espanhóis durante as invasões francesas, não deixamos de sentir piedade por aquelas pessoas, mas não é por isso que a qualidade geral da tela sai prejudicada. A arte pouco tem a ver com o desfecho das coisas ou com as afinidades de quem a observa. E, se o futebol é arte, também não deve ser observado de forma sentida. O bom adepto de futebol é desapaixonado. Contempla uma forma de arte e pouco se importa com o resultado final, se bem que deseje que aqueles que melhor praticam essa arte sejam condecorados pela vitória, porque esse é o fim dessa forma de arte particular.

O verdadeiro adepto de futebol pode ter um clube do coração, pode gostar mais de um certo clube, mas se reconhecer que o seu clube não é o melhor, não desejará a vitória a esse clube. Como tal, o verdadeiro adepto de futebol é o único isento, o único capaz de decidir, perante a sua análise, quem mais merece a vitória. Esse tipo de adepto defende, antes da sua equipa, antes da selecção do seu país, o futebol de melhor qualidade. É, portanto, aquele que vai mais triste para casa com uma má exibição da sua equipa, ainda que tendo ganho, do que com uma derrota em que os postes e o guarda-redes adversário cometeram o milagre de evitar a vitória. Um verdadeiro adepto de futebol só considera o dinheiro do seu bilhete mal gasto quando não assiste a um espectáculo em conformidade. E o que define a conformidade desse espectáculo? Precisamente a sua qualidade e não o seu resultado. Ao contrário do adepto comum, o verdadeiro adepto satisfaz-se com a qualidade e não com o resultado. Porquê? Porque para uns o futebol é a forma mais fácil de se sentirem poderosos (agora, que a religião perdeu toda a sua força) e para outros é uma forma de arte.

É aqui que o argumento pretende chegar. O verdadeiro adepto não é só aquele que entende o futebol como uma forma de arte. É também aquele que, tendo capacidade de assim o entender, está apto a saber avaliá-lo qualitativamente. O que pretendo provar é que só o adepto que veja o futebol como arte, que consiga colocar a qualidade do espectáculo à frente do seu resultado, é que tem condições para saber distinguir o bom futebol do mau futebol. E isto é fácil de provar. Um adepto que dê preferência ao resultado não saberá distinguir a melhor forma de atingir esse resultado. Porquê? Porque nem sempre os resultados derivam da qualidade. Uma equipa que jogue um futebol demasiado directo pode ganhar vários jogos apenas porque os seus avançados são mais rápidos que os defesas adversários. Num jogo em que isso não se passe, não ganharão. Mas o adepto comum não perceberá porquê. Na sua óptica, ficará sempre a ilusão de que os jogadores não se esforçaram o suficiente, ou que o adversário teve sorte, ou que o treinador não soube planear o jogo. E por que pensa ele assim? Porque só lhe interessa o resultado e porque pensa que, tendo chegado a um resultado positivo, uma equipa tem obviamente qualidade. Falso. Maior parte dos resultados positivos não derivam da qualidade, mas de factores diversos incontroláveis. Em contrapartida, um adepto para quem o resultado não seja importante, que concentre a sua atenção na qualidade do jogo (o único factor controlável no futebol) saberá dizer o que está mal e o que está bem. Porquê? Porque, à partida, conseguirá perceber em que medida os resultados foram derivados de uma boa ou de uma má qualidade do jogo ou de determinados aspectos do jogo.

Como é óbvio, isto não é linear. Há quem consiga fazer isto melhor, há quem consiga fazê-lo pior. O que digo é que saber assistir a futebol, isto é, ver o futebol como arte, é premissa necessária para se perceber de futebol. Só de entre os que assim o fazem saem os que entendem mesmo de futebol. Mesmo entre esses poucos, há quem depois não saiba interpretar correctamente as coisas. Ou quem saiba apenas parcialmente. São raríssimos os que têm inteligência suficiente para saber interpretar correctamente a qualidade de um jogo. Não digo, com isto, que estes adeptos estejam aptos a ser treinadores, conquanto o fossem, certamente, melhor que maior parte dos treinadores que existem. Uma coisa é interpretar a qualidade e saber como atingi-la, outra coisa é ensiná-la, comunicá-la a um grupo de jogadores. Conheço apenas um que o sabe quase na perfeição, mas esse é Especial...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Plantel sensação 2009/10

Santa Clara admite contratação do defesa Diakite

O Santa Clara admitiu hoje a possibilidade de contratação do central francês Abdlaye Diakite para reforço do seu plantel para a segunda “volta” da Liga Vitalis.

"Em coerência com o método implementado de prospectar entre jovens atletas de elevado potencial aqueles que se podem enquadrar nos parâmetros desportivos e financeiros do clube, [Diakite] é um sério candidato a ocupar a vaga que retocará o plantel nesta fase da competição", refere uma nota do Santa Clara publicada hoje no “site” do clube.

Abdlaye Diakite, que completou 20 anos na sexta-feira, dia em que efectuou o primeiro treino com o plantel da equipa açoriana, segunda classificada na Liga Vitalis, tem 1,91 metros de altura e fez toda a sua formação no Le Havre, tendo integrado, recentemente, a selecção francesa que disputou no Líbano disputando os Jogos da Francófonos.

Vítor Pereira, treinador da equipa açoriano, afirmou na última semana estar autorizado pela Direcção do clube a encontrar o novo defesa central, rejeitando a possibilidade de alterações "profundas" na composição do plantel.

O Jogo

Preparar Fátima a norte


O Santa Clara começou esta segunda-feira a preparar o início da segunda volta do campeonato da Liga de Honra com a deslocação ao terreno do Fátima, jogo que se disputa na manhã do próximo domingo (10.15 horas) e que contará com transmissão em directo na Sportv.

Os encarnados deveriam ter regressado a Ponta Delgada na passada sexta-feira, após o jogo com o Desportivo das Aves, mas uma análise às condições climatéricas e ao facto dos relvados das Laranjeiras, Lajedo e estádio de São Miguel se encontrarem muito encharcados devido às chuvas, levou a que Direcção e equipa técnica se decidissem pela continuidade do plantel em Esposende.

Assim, será mais uma vez no norte do país que o Santa Clara vai preparar mais uma partida do campeonato, encontrando em Esposende – local de estágio – um relvado que oferece melhores condições de trabalho, para além de permitir aos jogadores uma eficaz adaptação ao frio que se faz sentir no continente, não estranhando os atletas uma acentuada diferença de temperatura quando subirem ao relvado do estádio municipal de Fátima.

Ao longo desta semana Vítor Pereira ultimará pormenores no sentido de discutir a soma dos três pontos no primeiro jogo da segunda volta, mas também incidirá atenção no desempenho de Diakite, defesa francês de 20 anos que está a prestar provas no sentido de poder, ou não, colmatar a vaga que está em aberto no sector defensivo.


Sportzoom

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Claque no apoio à formação

Já foi dado nota, neste blogue, do título de campeão de S. Miguel, no escalão de iniciados, conquistado ontem pelo Clube Desportivo Santa Clara. No entanto, faltou dizer que a claque "Red Boys on Fire" fez a sua terceira aparição num jogo dos escalões de formação do clube. E que ajuda deram, sejamos sinceros. Não foram muitos os elementos da claque que se deslocaram na fria manhã de domingo o campo Jácome Correia, mas os que foram estiveram em grande. A "malta" não se calou por um minuto e o som dos bombos, caixas e buzinas fizeram-se ecoar por toda a zona da Mãe de Deus. Os "miúdos" deram a alegria que faltava ao conquistarem o título e não se esqueceram de ir agradecer o trabalho da claque. Tudo em "uno" comemoraram, saltaram e fizeram-se fotografar com alguns dos nossos elementos. Por lá, também andou Mário Batista que deve ter ficado, certamente, satisfeito com o que viu. Esta claque quer ser, cada vez mais, um veículo de promoção do nosso Santa Clara, sempre com o intuito de ajudar, ordeiramente como ontem o fizeram.
Viva o Santa Clara. Já agora, parabéns ao Pedro Henrique, técnico dos iniciados. Bem haja e em boa hora de te juntaste a nós "encarnados".

Santa Clara festeja título


Os iniciados do Santa Clara festejaram a conquista do título de campeões de São Miguel após receberem e derrotarem o União Micaelense por 2-0. Os encarnados precisavam do triunfo para garantirem o ceptro na antepenúltima jornada e não deixaram os créditos por mãos alheias.

Quando ainda faltam disputar duas rondas para se concluir a segunda fase do campeonato, os jovens encarnados já garantiram o primeiro lugar, adquirindo também o direito de representar a Associação de Futebol de Ponta Delgada no regional que vai juntar os campeões de Angra do Heroísmo e Horta.

Em juniores as decisões ficaram adiadas para a última jornada e para um electrizante São Roque-Operário. O primeiro recebe o segundo separados por dois pontos depois de ambos terem goleado na penúltima ronda. Os amarelos foram à Povoação defender a liderança com vitória fácil sobre o Mira Mar (8-0) e os fabris despacharam o Santo António com 4-0.

No campeonato de juvenis tudo poderá ficar definido para a semana. O Operário segurou o comando após passar com distinção no difícil teste com o Santa Clara, derrotando a turma de Ponta Delgada por claros 6-1, mantendo os três pontos de vantagem para o São Roque que recebeu e derrotou o Santiago por 6-2. Primeiro e segundo medem forças na próxima ronda, a penúltima, precisando dos lagoenses apenas do empate para se sagrarem campeões.

Fonte - Sportzoom

Central em observação

O jovem sub-21 francês Abdlaye Diakite já assistiu ao jogo com o Aves erealizou o seu primeiro treino no CDSC na passada sexta feira

Abdlaye Diakite, que completou vinte anos no dia em que efectuou o primeiro treino com o plantel do Clube Desportivo Santa Clara, é um atleta bem constituído, com 1,91 mt de altura e 85 kg de peso, que fez toda a sua formação no Le Havre (França), e recentemente integrou a selecção francesa, participando na equipe que esteve no Líbano disputando os Jogos da Francófonos.

Diakite, que em coerência com o método implementado de prospectar entre jovens atletas de elevado potencial aqueles que se podem enquadrar nos parâmetros desportivos e financeiros do clube, é um sério candidato a ocupar a vaga que retocará o plantel nesta fase da competição.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Santa Clara na Vila das Aves

Acabo de assistir pela televisão (SporTV) ao jogo que, mais uma vez e contra ventos (jogava for a) e marés (comentários ouco simpáticos dos comentadores televisivos) o Glorioso dos Açores disputou na Vila das Aves contra o Desportivo local, à sua frente nos lugares cimeiros na classificação.
Até parecia que o Santa Clara, para os comentadores, tinha obrigação de vencer, quando era o Aves que jogava em casa. De resto, à equipa das Aves ouvi chamar o rei dos empates na mesma transmissão televisiva...
As jogadas – algumas até de bom recorte – da equipa açoriana sistemáticamente desvalorizadas e apoucadas. Dir-se-ia que não estava a fazer um bom jogo, e que o Aves estava a jogar lindamente...
No entanto, o jogo acaba, e o resultado é um empate a zero.
Fora.
Em casa do seu antecassor na classificação.

O Santa Clara jogou confiante. Não me pareceu que o resultado tenha sido lisonjeiro para com os encarnados (que hoje usaram o equipamento alternativo. Rui Neto esteve fora do jogo por ter ‘agredido o adversário num pé com o nariz, tendo ficado a sangrar praí uns cinco minutos. Só lhe faltou levar o amarelo ou, quiçá, o vermelho, dado que o ‘agredido’ nem o viu, coitado quando dofreu o ‘embate’...
O único que opinou desapaixonadamente o jogo da equipa açoriana foi o treinador do Rio Ave, nos comentários no fim do jogo. A par, evidentemente, do treinador do Santa Clara que, embora modestamente, me pareceu que não terá escondido a ambição nesta Liga Vitalis.
E, afinal de contas, tratou-se de mais uma transmissão televisiva num jogo de um clube a despertar muito interesse e a pagar muito bem a quem nele aposta - nomeadamente público pagante (espera-se a cada jogo toda a gente) e também (last but not least) publicidade nas camisolas e também no estádio.

E VIVA O SANTA CLARA!!!!!!!!
Santa Clara à Liga Sagres!!!
Antonio Praia

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Recuperar liderança fora de portas

A jornada que assinala o final da primeira volta do campeonato arranca esta noite na Vila das Aves, com os locais a receberem o Santa Clara. Micael Sequeira e a sua equipa têm vivido até ao momento um campeonato bastante irregular, terminando mesmo o ano com duas derrotas que puseram travão à tímida recuperação que o Aves vinha operando. Bem melhor está o seu adversário, que esta época tem vivido jornada após jornada sempre no topo da tabela, deixando o aviso de querer regressar à Liga Sagres, mas para isso têm de regressar às vitórias e tentar recuperar a liderança do campeonato, mesmo sendo fora de portas, onde o Santa Clara não tem ainda nenhum registo de derrotas.


EQUIPAS PROVÁVEIS

Estádio do CD Aves, Vila das Aves

>> Árbitro A nomear esta manhã pela Comissão de Arbitragem

Aves

Hugo Ferreira; Leandro, Tiago Valente, Sérgio Nunes e Pedro Geraldo; Jorge Duarte, Júlio César e Vinícius; André Carvalho, Bruno Severino e Pedro Pereira

Outros convocados: Rui Faria; Henrique, Xano, Benvindo, João Silva, Vítor Hugo, e Uederson

Treinador Micael Sequeira

Santa Clara

Matt Jones; João Dias, Danilo, Hernâni e Stopira; Lica, Neto e Oliveira; Nuno Santos Renan e Leandro Tatu

Outros convocados: Ney; Tó Miguel, Ruy Netto, Vítor Alves, Ríncon, Fofana e Gabi

Treinador Vítor Pereira

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Nesta segunda volta teremos de ser ainda mais fortes


Nesta segunda volta teremos de ser ainda mais fortes do que fomos na primeira para atingir os nossos objectivos.

Na primeira conferência de imprensa do Clube Desportivo Santa Clara de 2010, o Prof. Victor Pereira, depois de responder aos jornalista sobre as questões que lhe foram colocadas sobre a saída do Danilo e o interesse demonstrado pelo Gonçalo em procurar uma equipa onde possa jogar com mais regularidade, traçou as linhas gerais para esta segunda fase do campeonato. Foram estas as suas declarações:

“Não vamos à Vila das Aves para empatar o jogo. Vamos, como vamos a qualquer campo para ganhar. Agora vamos jogar num campo tradicionalmente complicado, com uma massa associativa muito entusiástica, contra uma equipa que tem um treinador jovem, que conheço bem, que organiza muito bem as equipas onde trabalha, que já no ano passado nos surpreendeu – era ele o treinador do Arcos de Valdevez –, e que este ano com melhor plantel de certeza que nos irá criar problemas, mas nós também estamos a trabalhar no sentido de nesta segunda volta sermos ainda mais fortes, mais dinâmicos, para de facto não esperarmos pelo último jogo para definir uma classificação que nos permita atingir os nossos objectivos: a subida de divisão.


O ano passado aparecemos nos últimos jogos um pouco desgastados. Esta paragem serviu para fazer descansar aqueles jogadores que normalmente têm jogado mais, permitiu-nos estar com as famílias o que é sempre importante psicologicamente, agora não tenho dúvida nenhuma que estas paragens quebram sempre o ritmo do jogo, quebram sempre a dinâmica da equipa, agora espero é rapidamente possamos recuperar a intensidade do jogo que pretendemos, os comportamentos de jogo que pretendemos, e rectificar a nossa dinâmica para torná-la ainda mais forte, porque esta segunda volta teremos de ser ainda mais fortes do que fomos na primeira para atingir os nossos objectivos.”

jpm

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