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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Grau de exigência elevado

É verdade que a procissão ainda vai no adro, mas a verdade é que o jogo do Santa Clara frente ao Oliveira de Frades, do próximo domingo, pode muito bem determinar o futuro.
Os encarnados já disseram adeus à Taça da Liga, no campeonato (em duas jornadas) somam somente um ponto, e a verdade é que a esta partida a contar para a “festa do futebol” perante um adversário de um escalão inferior (3ª divisão) pode muito bem deixar antever que Santa Clara teremos esta época.
A revolução de balneário foi enorme, a folha salarial baixou, o técnico mudou, enfim, estamos perante um novo Santa Clara. Para ajudar, até o presidente saiu e o clube está agora entregue a uma comissão de gestão.
Por isto mesmo, os adeptos estão perante uma incógnita. Os primeiros sinais, admita-se, não foram positivos. O empate, em casa, com o Arouca é daqueles resultados que sabem a tão pouco que até nem apetece comentar muito.
Depois de uma paragem para os compromissos das selecções nacionais, o Santa Clara perdeu em Matosinhos, é verdade que frente a um candidato à subida, mas perdeu. Aqui e ali, viram-se bons pormenores, mas a verdade é que saímos do norte do País a “ver navios”, o mesmo é dizer, sem pontos.
A descrença, embora a crença nunca tenha sido muito grande, aumentou no seio dos amantes, sócios e simpatizantes do clube. Mas, então que Santa Clara é este?
A resposta não é fácil. O Santa Clara, neste momento, é composto por um grupo de jovens, com vontade de singrar, mas que ainda revela uma enorme imaturidade. Este é o preço que se paga por esta aposta de risco.
Sou, e tenho sido sempre, um defensor deste plano estratégico seguido pelos responsáveis encarnados para devolver a credibilidade, principalmente financeira, ao maior clube dos Açores.
Até prova em contrário, e apesar das desilusões (de diversa ordem), continuarei a sê-lo. Conheço a personalidade e integridade da maior parte daqueles dirigentes. São pessoas de bem, por mais que haja quem queira fazer ver o contrário, que querem o melhor para o Santa Clara - que me perdoe quem não corrobora desta opinião -, mas a verdade é que às vezes o barato sai caro.
O Santa Clara não tem esta margem de manobra. O clube está obrigado a manter-se, por todas as razões e mais alguma, na Liga Orangina. Acredito que o vá conseguir, e até sonho com algo mais, mas a verdade é que o futuro começa já no próximo domingo frente ao Oliveira de Frades. Qualquer tropeção poderá ter um custo muito superior ao que muitos imaginam.
O apelo, por isso, fica aqui: apoiem o clube. Façam com que os jogadores sintam que servem uma grande instituição e que, alguns deles, esqueçam que estão emprestados pelos grandes do futebol português. Não queremos cá fretes, digo eu.
Perdoem-me porque foi só um desabafo de alguém que realmente aprendeu a gostar do Santa Clara, por mais que isto já me esteja doer. E acreditem que está.
No entanto, como nem sempre existem grandes remédios para os grandes males, vou vivendo com o peso de, por momentos, ter acreditado que estava de volta ao futebol.  

Pedro Ferreira

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