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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Santa Clara: continuar no bom caminho

Mais do que um bom slogan de campanha, neste momento, para o Clube Desportivo Santa Clara, “Continuar no bom caminho” é um imperativo, uma empreitada crucial para desembaraçar o clube do aflitivo garrote que o vem estrangulando há quase uma década, sufoco que nos dois últimos anos, felizmente, tem conhecido algum alívio.
Só é possível “Continuar no bom caminho” porque já se começou a trilhar este mesmo caminho. Um facto inegável para todos, até para aqueles a quem, por razões óbvias, não interessava reconhecer que assim é. Uma das demonstrações disso é ler e ouvir as criticas vindas daqueles que ainda não há muito tempo pareciam indiferentes aos Estatutos do clube transgredido-os de forma grosseira, e que hoje, evocando-os com excessivo zelo, apontam como exemplos de incumprimento aspectos bem menos graves e significativos do que aqueles que antes violavam a torto e a direito. Para não falar de outras questões, pergunto:
- Quem não se recorda da forma pouco ortodoxa, bem como do sistemático atraso, com que as contas do Santa Clara eram apresentadas para aprovação aos sócios em Assembleia-geral?
- E de quando os directores se auto remuneravam com despudor quando os Estatutos determinavam que os dirigentes eleitos não podiam exercer funções remuneradas?
Mas bem bom que agora já se lembram e evocam os Estatutos: é um óbvio sinal que o Santa Clara já está no bom caminho!
Ironias à parte, não restam dúvidas que tem sido a boa gestão imprimida por aqueles que nos últimos tempos comandam os destinos dos Santa Clara aquilo que melhor explícita que o clube está no bom caminho. Nunca será demais recordar que em 2007 o deficit acumulado do CDSC rodava os 18M; que apenas de 2000 a 2003 o clube acumulou um deficit 11M (só por conta do ano de 2003 foram 5M). Depois, entre os anos 2004 e 2007, não foi muito diferente: foram entretanto acrescentados cerca de mais 7M ao enorme deficit que entretanto já se acumulara.
Só a partir de 2008 a situação começou a ganhar algum equilíbrio: (– 150.000 ) foi o resultado apresentado em 2008/09; + 200.000 foi o resultado de 2009/10; e + 0,5M, não havendo sobressaltos, é o resultado previsto para a presente época. Isto sim é “Bom Caminho”!
Bom caminho também é, não obstante a significativa redução de custos com o futebol profissional verificada, o excelente desempenho desportivo patenteado ultimamente, com a equipa a disputar até ao último jogo, em duas épocas consecutivas, a possibilidade de subida à liga principal. Tal como bom caminho é o rigor, a transparência e as preocupações com a observância de questões fundamentais, como a atempada prestação de contas como progressivamente se passou a efectuar, com a última AG – infelizmente mediatizada não pelos melhores motivos – sendo a primeira em muitos anos onde foram apresentados resultados positivos, e, tão ou mais importante do que isso, levada a cabo dentro dos prazos estatutariamente estipulados.    
Há outras questões a melhorar? Claro! É sempre possível fazer melhor, embora quanto maior é o percurso percorrido mais difícil se torne palmilhar o que dele resta. De uma coisa, porém, não restam dúvidas nenhumas: o mais importante é “Continuar no bom caminho” pois só assim será possível ver compensado o muito trabalho já desenvolvido, para mais, tratando-se de trabalho efectuado de forma generosa, desinteressada e altruísta – em contraste com um passado onde além das obscenas remunerações arrancadas não faltaram casos de usurpação, negligência e oportunismo –, tarefa que está na base da visível inversão de rumo que facilmente já se pode observar.

João Pacheco de Melo - AO 23/11/2010

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