
Tó Miguel, jogador com um nível de instrução invulgar no meio, é uma daquelas pessoas com quem facilmente se cria empatia, alguém que é muito agradável ouvir, que tem sempre o que dizer, e que o faz bem.Tendo acabando de vestir a camisa do Clube Desportivo Santa Clara, e logo confrontado com uma pergunta feita com graça, mas sem deixar de ser contundente (Já sente o peso da camisola?), logo respondeu com simpatia e desenvoltura:“Sim, vim para um clube que reconhecidamente tem mais dimensão do que o clube onde estava anteriormente, naturalmente sinto acrescida responsabilidade, e também por este facto tenho que corresponder com trabalho. Muito trabalho. Alias, como foi referido pelo Mário Batista quando aqui há pouco me apresentou”.Tó Miguel confirma ser o polivalente referenciado pela equipa técnica do CDSC, tanto jogando a defesa, defesa central ou no meio campo, posições e funções onde é regularmente utilizado, embora na última época tenha jogado mais vezes como médio, fazendo cinco golos, três deles em balizas de clubes açorianos.Quanto aos objectivos, seus e do CDSC, Tó Miguel foi também claro:“Os objectivos desta época, face aos resultados conseguidos na época anterior, têm de ser, no mínimo, fazer igual ou melhor, e por isso passam necessariamente pela luta pela subida de divisão. Não podemos fugir a isso. É nossa responsabilidade trabalhar para isso. Sabemos que não é fácil, sobretudo tendo em conta as outras equipas, que agora até estarão mais avisadas. Mas estamos cá para isso!”.Tó Miguel atribuiu o convite feito pelo Santa Clara ao reconhecimento do seu trabalho, pretendendo definitivamente afirmar-se no futebol profissional, e ficar por aqui: “o tempo que me quiserem, e que seja muito” rematou graciosamente. Acrescentando que a adaptação vai ser fácil: se por um lado ele próprio foi habituado a estar sempre longe de casa, por outro conhece bem a ilha, já por cá passou algum tempo, “tive cá uma corisca”, voltou a rematar com graça.O Santa Clara não foi a sua primeira oportunidade para integrar um clube profissional. Recusou vários dos convites que teve porque, como professor de educação física que é, deu primazia ao vínculo com o estado. Só a partir daí decidiu ir atrás do sonho de pequenino, optando pela profissionalização no futebol. Surgiu então o Feirense, onde as coisas não correram muito bem. Regressou ao Oliveira do Bairro, e agora está no CDSC pronto para outros voos: “Passar cá um ano na segunda liga, e conseguir já este ano subir à primeira liga seria naturalmente formidável. Seria espectacular.”
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