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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Automatismos já dão para consolar a vista


Santa Clara somou terceira vitória no estágio e juntou ao triunfo capacidade para gerir os ritmos. Moreira voltou a marcar e Baldé mostrou que pode ser reforço importante.

Confiança, segurança e qualidade foram os atributos que saltaram à vista no jogo de carácter particular que a nossa equipa sénior realizou na manhã desta quarta-feira, dia 28 de Julho, resultando daí uma vitória por 1-0 sobre o Arouca, adversário que o Santa Clara defrontará dentro de um mês na primeira jornada do campeonato da Liga Orangina.

A um mês do arranque do campeonato e a duas semanas do início da Taça da Liga, o Santa Clara vincou a qualidade que já tinha demonstrado em desafios anteriores, transportando para o relvado do Centro de Estágios Rosa Náutica, em Quiaios, um futebol perfumado, adocicado e envolvente que não permitiu ao adversário incutir qualquer sinal de superioridade.

Um dia depois de ter colocado de início, no jogo com o Al-Wahda, jogadores que estão a ser observados, no encontro com o Arouca o nosso treinador apostou naqueles que estão mais próximos de constituírem um onze base. Bruno Moura deu uma hora de competição aos que foram titulares na procura de reforçar automatismos tendo em vista o arranque das provas oficiais.

E ao longo desse período de jogo viu-se um Santa Clara identificado com o modelo de jogo que o técnico tem vindo implementar, um Santa Clara que começa a revelar interessantes graus de maturidade competitiva apesar da juventude do plantel. A equipa revelou capacidade para jogar simples mas de forma eficaz, juntou pormenores técnicos interessantes para encher as vistas aos sócios e simpatizantes e, quando o calor começou a apertar, mostrou estofo para pautar os ritmos, baixar a intensidade sem perder o controlo das operações.

O primeiro tempo foi controlado e dominado pela nossa equipa que cheirou o golo aos dez minutos num cruzamento de Nelson ao qual Monteiro chegou ligeiramente atrasado para a emenda. Circulando, lateralizando e envolvendo todos os sectores na construção do futebol de ataque, o Santa Clara chegou à vantagem à passagem do minuto treze: cruzamento de Monteiro vindo da esquerda para Moreira, ao segundo poste, encostar para o fundo das redes.

Era o consumar da superioridade até então evidenciada e que não chegou a ser beliscada na resposta, ténue, do Arouca. A vencer, a nossa equipa manteve-se por cima, jogando ao primeiro toque, bonito para quem gosta de apreciar mas igualmente progressivo pois nunca tirou os olhos da baliza contrária.

Ao contrário do que sucedeu em encontros anteriores, a criação de oportunidades de golo não foi tão numerosa porque a estratégia também passou por não criar demasiado desgaste com o aproximar da competição. O colectivo mostrou, então, que também sabe pautar o jogo, sabe esconder a bola do opositor sem jogar para trás, acelerando quando necessário para aplicar novo xeque.

Reflexo desse crescimento é o lance que poderia ter dado o segundo golo, aos 23 minutos, quando Monteiro cobrou um canto e Diogo Silva cabeceou para Paulinho safar em cima do risco fatal já com o guarda-redes Pedro Soares batido.

O intervalo só trouxe uma substituição – a troca de guarda-redes – sinal claro de que Bruno Moura pretende reduzir as fases experimentais e dar automatismos aos efectivos do plantel. As alterações foram efectuadas de modo gradual, não se perdendo nem identidade nem objectividade. A ganhar por 1-0 e com o Arouca a espernear mas a não conseguir materializar, viu-se então o pragmatismo que o nosso treinador falou aquando da sua apresentação.

Futebol apoiado, passes teleguiados com os centrais a mostrarem qualidade nos lançamentos longos, obrigando o adversário a correr atrás da bola sem que os nossos atletas tenham de sofrer igual desgaste. A bola corre redondinha da defesa para o meio-campo e deste para o ataque, minimizando perdas de energia.

Sempre com as operações controladas, umas acelerações nos momentos certos para tentar elevar a contagem. Tó Miguel, aos 72 minutos, serviu Platini na esquerda mas o remate do cabo-verdiano saiu prensado. E já com Baldé em campo, o avançado só precisou de seis minutos para mostrar qualidades: arrancada pela esquerda, três adversários deixados para trás numa passada larga, galopante em direcção à área para um cruzamento que Bruno Monteiro não conseguiu aproveitar. O médio, em zona frontal, rematou a rasar a trave.

O resultado, apesar de magro, esteve sempre controlado e só numa ocasião o Arouca levou perigo, já na parte final do desafio, num livre de Hugo Monteiro para a cabeça de Paulo Ferreira. Matt Jones mostrou-se atento e defendeu para canto.

Na vitória por 1-0 diante do Arouca o Santa Clara alinhou com: Ney (Matt Jones); Fabeta (Douglas), Diogo Silva (Illic), Edgar (Vítor Alves) e Nelson (Guilherme Appell); Renato (Tengarrinha), Jeferson Ramalho (Tó Miguel), Gabi (Platini) e Bruno Monteiro (Rambé); Monteiro (Matias Oliver) e Moreira (Jeferson Silva; substituído por Baldé).

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