Chat

Este blogue é, e continuará a ser, um espaço de debate aberto e democrático sobre os assuntos do nosso Santa e da nossa Região. No entanto, não será admitido qualquer comentário que ultrapasse as regras do bom senso e da educação. Comentários insultuosos, ameaças e faltas de respeito para com os demais serão moderados, tendo a administração do blogue a autoridade e o dever de agir em conformidade contra os infractores - através de todos os mecanismos de protecção do mesmo. Saudações Santaclarenses RBOF

Resultado na hora

sábado, 24 de julho de 2010

Futebol musculado escondeu a criatividade

Jogo particular com o União de Leiria foi para homens de barba rija. Santa Clara bateu-se bem mas não conseguiu aproveitar as poucas oportunidades de golo criadas. Cansaço retirou algum discernimento ao ataque.


O Santa Clara fechou a primeira semana de estágio com a realização do quarto de jogo de preparação. O adversário na manhã deste sábado, dia 24 de Julho, foi o União de Leiria e o desafio terminou empatado a zero. O nulo explica-se com o cansaço acumulado ao longo da semana pois impediu os jogadores de soltarem a criatividade já demonstrada em encontros anteriores.


Porém, a igualdade a zero não significa que o jogo não tenha conhecido oportunidades para marcar, que as houve, mas reflecte um futebol mais combativo que criativo, mais esforçado que desenvolto porque as pernas já não respondiam àquilo que os atletas da nossa equipa pretendiam colocar em prática.


O quarto jogo em oito dias amarrou a criatividade mas vincou o pulmão do colectivo orientado por Bruno Moura. O União de Leiria, equipa que se prepara para discutir o campeonato da Liga Zon Sagres obrigou o Santa Clara a recorrer a todas os seus recursos para equilibrar um futebol contrário também ele de mais força do que técnica.


O União de Leiria procurou assumir as operações na etapa inicial da partida mas depressa se viu que o futebol seria esforçado o que obrigaria a um esforço suplementar para tentar conciliar as vertentes força/criatividade. Defendendo-se das ofensivas iniciais do opositor que não levaram perigo para a baliza defendida por Filipe Mendes, o Santa Clara começou a equilibrar o jogo a partir dos dez minutos, pertencendo-lhe o primeiro lance de perigo aos doze: cruzamento de Fabeta na direita, Eduardo Guttardi sai mas não intercepta a bola que fica à mercê de Monteiro que rematou forte mas Hugo Garcês interceptou o disparo que levava selo de golo.


Este lance deu confiança à nossa equipa que passou a revelar-se mais solta nas saídas para o ataque, circulando mais a bola entre a defesa e o meio-campo, faltando apenas objectividade no ataque. Neste aspecto três factores influenciaram um rendimento menos expectável: o cansaço, o calor e a pressão constante que os leirienses efectuavam, não deixando o Santa Clara assentar o seu futebol nas proximidades da área adversária.


Com o Sol a pique a partida entrou numa fase mais incaracterística e os últimos quinze minutos da etapa inicial tiveram pouco para contar, excepção à combatividade de parte a parte, não faltando arreganho aos nossos jogadores na discussão de cada lance.


O primeiro quarto-de-hora da etapa complementar não foi muito diferente. Futebol musculado sem nenhuma das formações a revelar quebra física ou receio de discutir cada lance com o máximo de entrega originavam faltas que iam quebrando a tentativa de impor clarividência ao jogo. Só aos 61 minutos é que a União de Leiria levou perigo digno de registo à baliza encarnada num canto de Silvas e um cabeceamento de José António quase à queima-roupa que Matt Jones defendeu para novo canto.


O Santa Clara pressentiu que tinha que estender mais o seu futebol e na resposta Matias Oliver apareceu em zona de finalização mas Michael ainda teve reflexos para defender o remate pela linha de fundo. Na sequência do lance, Douglas apareceu ao segundo poste a rematar às malhas laterais.


Dois lances que não espicaçaram porque quase de imediato a partida voltou a ficar órfã de criatividade. Havia intenção mas as pernas não respondiam. Sobrou entrega, espírito combativo e muito sacrifício mas faltou objectividade no ataque. Já na recta final do jogo Matias Oliver e Platini apostaram na jogada individual mas a qualquer um deles faltou forças para que o remate levasse a direcção desejada.


O empate acaba por ser o reflexo de um jogo onde o físico prevaleceu mas a resposta dada pelos nossos jogadores a uma exigência diferente daquela que tinham encontrado nos últimos três encontros de preparação voltou a ser positiva. Seguem-se 36 horas de merecido descanso!


No jogo com o União de Leiria, o Santa Clara alinhou de início com: Filipe Mendes (Ney); Fabeta, Illic, Diogo Silva e Nelson; Renato, Jeferson Ramalho, Bruno Monteiro e Guilherme Appell; Monteiro e Moreira. Na segunda parte actuaram: Ney (Matt Jones); Vítor Alves, Fabão (Marx), Douglas e Platini; Edgar, Tó Miguel, Tengarrinha e Matias Oliver; Jeferson Luís (Rambé) e Renan.

Sem comentários:


Arquivo do blogue