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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Doriana diz...

Madeirense benfiquista diz estar confiante na revalidação do título.
Red Boys on Fire diz só se for o Benfica 2 o tál de Fátima que já lá estão 10, como é que é possível aceitar jogadores na condição de serem sempre titulares.
 Vergonha de Fátima...

Uma diferença da noite para o dia


Usando o título de um (a) e o texto de outro (b) aqui fica a notícia das boas notícias que o Santa Clara tem proporcionado. 

A pouco mais de uma semana do início da temporada oficial para os clubes da Liga Orangina, o mercado começa a acalmar. A maioria deles já tem os seus plantéis quase fechados, ficando agora à espera de boas oportunidades de negócio. A fama desta II Liga é a de ser um campeonato duro e competitivo, mas este defeso comprovou que no segundo escalão do futebol português também se encontra qualidade. Exemplos disso são os médios Valter (ex- Santa Clara) e André André (ex-Varzim) e o lateral Stopira (ex- Santa Clara), que se transferiram para o futebol espanhol, os dois últimos para a primeira liga espanhola, tendo ambos assinado pelo Corunha. Cá dentro, os três grandes cada vez mais apostam na II Liga para fazer rodar os seus jogadores, e este ano o Fátima destaca-se com mais de uma dezena de jogadores cedidos pelo Benfica. Mas não são só os jogadores que se destacam pela qualidade; há também os treinadores. Neste defeso, Vítor Pereira deixou o Santa Clara e é agora adjunto de Villas-Boas no FC Porto, enquanto Rui Vitória saltou do Fátima para o Paços de Ferreira. 
(a)“Cá a minha maneira”, Jornal Açoriano Oriental (06/07/2010) 
(b)“Liga de Honra coloca três jogadores no futebol espanhol”, Jornal o JOGO (hoje)

PASSADO, PRESENTE E FUTURO


Originalmente, e conforme a ordenação heráldica referida no §1º do art. 4º dos Estatutos que a aprovados a 21 Junho de 1927 consubstanciam a fundação do Clube Desportivo Santa Clara, o emblema do clube era constituído por: “um leão vermelho em campo branco”.
Este leão, que desde cedo passou a ser representado sobre uma bola, foi imagem de marca do Clube Desportivo Santa Clara até finais da década de cinquenta do século XX, tendo inclusive o CDSC, nos anos 30 e 40 do século passado, sido por vezes popularmente designado como “Os leões”.
 
Em 1945, o tenente Joaquim Rosado Charrua, dinâmico e bem conceituado sócio do Benfica então destacado em Ponta Delgada onde prestava serviço militar, aproximando-se do clube, e fazendo uso das amizades firmadas com alguns elementos da sua direcção, iniciou a aproximação entre o CDSC e o SLB que culminou na nomeação do Santa Clara como Delegação do Benfica, relação institucional que perdura até hoje.
Por esta altura, embora o CDSC já equipasse “à Benfica”, o seu emblema ainda era o original “leão”. 
 
Só a partir de finais da década de 50 e durante a de 60, muito por acção do Dr. António Borges Coutinho, o CDSC passa a adoptar o emblema que hoje em dia utiliza, símbolo que praticamente se confunde com o do SLB.
 
A bola, o escudo, a faixa na diagonal com as iniciais “C.D.S.C” e a legenda em latim “mens sana in corpore sano” são os elementos que, já existentes no emblema original, se mantiveram comuns no actual emblema do Clube Desportivo Santa Clara.
 
Logótipo:
Sendo o futebol hoje, mais do que um desporto, uma indústria, ganha especial importância a identificação exclusiva de cada um dos clubes, com de uma marca se trate. É neste contexto, procurando afirmar um cunho particular e necessariamente associado aos Açores, que aparece o logótipo que tende a singularizar a “Marca Santa Clara”, também representado nesta página.

Paulo Bento na calha para substituir Carlos Queiroz


Paulo Bento tem "o perfil ideal", segundo uma fonte federativa revelou ao JN, para suceder a Carlos Queiroz no comando da selecção nacional, isto caso, obviamente, o actual seleccionador seja dispensado, um desfecho que parece, cada vez mais, inevitável.
Como é improvável que Carlos Queiroz continue em funções, dado ter ficado mais fragilizado com a "guerra fria" existente, é necessário encontrar o sucessor, até porque, a 3 de Setembro, as quinas iniciam a campanha para o Euro 2012, com Chipre, em casa, e, quatro dias depois, na Noruega. Provisoriamente, há sempre a possibilidade de recorrer a Agostinho Oliveira, como já sucedeu antes da entrada de Scolari. Porém, a solução mais estável parece ser a contratação de Paulo Bento, técnico sem clube, depois de ter treinado o Sporting.
O jovem treinador tem, por outro lado, um bom relacionamento com os jogadores, o que não acontece com Carlos Queiroz. E a escolha seria, segundo o JN apurou, bem acolhida pelo capitão da selecção, Cristiano Ronaldo, companheiro de técnico no Sporting, em 2002/03. Adepto do futebol de formação, Bento é visto como o treinador ideal para fazer a inevitável renovação da selecção. Mas apenas será abordado caso o actual seleccionador deixe o cargo.
Há uma reunião da Direcção da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) agendada para hoje, a partir das 15 horas, mas que servirá, unicamente, para todos os dirigentes fazerem o ponto da situação e serem esclarecidos sobre o processo que envolve Carlos Queiroz e o Instituto do Desporto de Portugal (IDP), que lhe levantou um inquérito, por alegadas ofensas a funcionários, aquando de um controlo efectuado no estágio da Covilhã.
Técnico ameaça com a FIFA
Assim, esta reunião não pode ter um carácter deliberativo, porque ainda falta ter acesso ao relatório do Conselho de Disciplina (CD) que está por concluir, porque falta, precisamente, fazer a audição ao seleccionador. Este já foi notificado, mas não acusou a recepção da notificação, o que deverá acontecer depois de chegar, hoje, de Moçambique. Todas as outras testemunhas foram ouvidas, mas a audição de Queiroz é, logicamente, peça-chave no processo.
Para já, o seleccionador, em declarações à RTP N, diz-se "chocado e estupefacto" com o que se está a passar, até porque não foi ouvido, "um direito de defesa" que qualquer cidadão tem, criticando, também, a "ingerência" do IDP na FPF. Por isso, não acredita que a Federação tome uma decisão "sem ouvir uma das partes" e avança mesmo que a situação até pode chegar à FIFA...
O CD reuniu-se, ontem, depois de ter transformado o inquérito em processo disciplinar, para abordar o assunto e ficar apto, depois de ouvir Queiroz, a tomar uma posição. Uma decisão possível, caso haja fundamento para tal, será a suspensão de Queiroz por dois anos, o que evitava a rescisão amigável, que o ainda seleccionador, aliás, dificilmente aceitará... Sendo assim, restaria à FPF avançar para um despedimento por justa causa - sem este expediente, a FPF teria de indemnizar o técnico em cerca de três milhões de euros -, embora haja causídicos que não descortinam razões legais para tal fundamento. Só que a questão, entretanto, iria arrastar-se pelos tribunais, permitindo à FPF encontrar uma alternativa. "Para já, Carlos Queiroz conseguiu uma união nacional em relação à sua saída", confidenciou fonte federativa ao JN.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Repetir é a melhor forma de aprender

Bruno Moura insiste no trabalho técnico-táctico como forma de elevar o conhecimento. Reforços evoluíram sem limitações.

Depois de nova vitória – 1-0 sobre o Arouca – em mais um jogo de preparação e da merecida folga atribuída ao plantel na tarde de quarta-feira, os jogadores do Clube Desportivo Santa Clara cumpriram na manhã desta quinta-feira, dia 29, mais uma sessão de trabalho que incidiu no reforço da matéria dada como forma de alcançar uma maior identificação com o modelo de jogo que o treinador pretende implementar.

Já com os últimos reforços integrados, a primeira parte da sessão foi dedicada ao aquecimento, a que se seguiu trabalho técnico com bola. Depois, Bruno Moura dividiu os atletas pelas suas posições e em dois terços do relvado do Centro de Estágio Rosa Náutica incidiu a preparação sobre os aspectos técnico-tácticos, trabalhando essencialmente as movimentações em campo.

O último momento do treino foi dividido em dois: os titulares no jogo com o Arouca realizaram trabalho de descompressão muscular com o adjunto Filipe Almeida, enquanto que Bruno Moura orientou com os restantes jogadores uma pequena peladinha de cinco contra cinco com apoios nas laterais, promovendo diversas alterações ao longo dos três jogos realizados.

Reforços: Filipe Mendes, Ilic e Alex reforçam sector defensivo

Guarda-redes e defesa-central mostraram qualidades no decorrer do período de observação. Defesa-esquerdo é cedido a título definitivo pelo FC Porto.

O Clube Desportivo Santa Clara reforçou o plantel sénior com três elementos, dois deles observados no decorrer do estágio, em Quiaios, nomeadamente o guarda-redes Filipe Mendes e o defesa-central Ilic. A outra cara nova é o defesa-esquerdo Alex.

FILIPE José de Lima MENDES é um guarda-redes de 25 anos nascido em Lisboa e enquanto sénior representou clubes como o Tourizense, Estrela da Amadora e Paços de Ferreira. Durante o período de avaliação mostrou qualidades que motivaram a apresentação de uma proposta oficial, tendo rubricado contrato válido até 2012.

O central sérvio Milan ILIC também agradou ao nosso treinador, Bruno Moura. O possante defesa de 23 anos tem 1,91 metros, 86 quilos de peso e revelou nos treinos e nos jogos particulares argumentos positivos para negociar a sua contratação. Assinou por três temporadas.

Também para o sector defensivo, mas proveniente do FC Porto ao abrigo do protocolo assinado entre os dois clubes pela saída de Vítor Pereira, chego o esquerdino Alexandre Henrique Gonçalves Freitas, mais conhecido por ALEX. Trata-se de um dos internacionais portugueses sub-19 que estiveram no último Campeonato da Europa – foi titular na vitória lusa sobre a Itália por 2-1 – e assinou por três épocas com o Clube Desportivo Santa Clara.

Com a contratação destes três elementos eleva-se para 23 o número de efectivos no plantel às ordens de Bruno Moura e aalvo o aparecimento de um jogador que possa ser considerado mais-valia desportiva o grupo encontra-se fechado.

Dos restantes jogadores que estiveram a prestar provas no estágio somente os avançados Rambé e Jeferson Silva continuam em observação. Os restantes – André Zuba, Fabão, Douglas, Marx e Guilherme Appell – já abandonaram os trabalhos.

Comissão de arbitragem reúne com os 32 clubes das Ligas


A Comissão de Arbitragem da Liga Portuguesa de futebol, liderada por Vítor Pereira, reúne sexta e segunda-feira com os treinadores das 32 equipas da Liga principal e Liga de Honra.
As reuniões servirão para preparar, juntamente com os treinadores, a próxima época do futebol profissional português, e, entre os vários assuntos, estarão sob a mesa questões da profissionalização do sector e a sua credibilização.
O processo de profissionalização dos árbitros será, assim, um dos temas, mas também a vontade de credibilizar as arbitragens, com a discussão de exigências e compromissos.
No encontro, a Liga discutirá também com os técnicos os contributos para aumentar o tempo útil de jogo e serão abordadas as novidades regulamentares, bem como uma análise ao Mundial de futebol da África do Sul.
A comunicação entre os clubes e a comissão de arbitragem será outros dos pontos a focar, sendo que a LPFP tem a figura do “mediador” que a cada época faz a ponte entre as equipas e a Comissão de Arbitragem.
A temporada 2010/2011 de futebol tem início a 07 de Agosto, com a Supertaça, entre Benfica (campeão) e FC Porto (vencedor da Taça), no estádio Municipal de Aveiro, e no mesmo fim-de-semana em que se inicia a Taça da Liga, com equipas da Liga de Honra.

Queiroz diz-se injustiçado e não pretende acordo



Treinador considera que está a ser alvo de ataque pessoal e não tenciona rescindir.
Uma rescisão amigável não está nos objectivos do seleccionador nacional. O DN sabe que Carlos Queiroz já fez passar a mensagem a Gilberto Madaíl, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, que não tem intenções de deixar a selecção com base num acordo mútuo, tal como o dirigente pretende.
Apoiem-me ou despeçam-me, com a agravante que isso acarreta para a federação. Sem serem suas estas palavras, o DN sabe que este é para já o lema do seleccionador, com contrato até 2012. Para Carlos Queiroz mudar de ideias será, pois, necessário Gilberto Madaíl utilizar a sua melhor retórica. Os dois ainda não se encontraram pessoalmente, uma vez que o treinador está de férias em Moçambique. Mas o objectivo do líder federativo é falar com o seleccionador antes da reunião de amanhã da direcção.
Prometer que a FPF não irá agir disciplinarmente e acenar com uma verba abaixo dos 3,5 milhões que constam na cláusula de rescisão não será o suficiente para Gilberto Madaíl convencer Carlos Queiroz a afastar-se. É que o técnico, segundo apurou o DN, considera que está a ser injustiçado e alvo de um ataque pessoal, pelo que não é sua intenção ceder numa guerra que poderá arrastar-se para os tribunais. Situação, que, no entanto, não foi confirmada pelo advogado de Queiroz, Henrique Trocado, que, quando contactado pelo DN, mandou dizer que "não falava sobre assuntos processuais".
A FPF, por seu lado, se as posições se extremarem, está disposta a levar o caso até às ultimas consequências, para provar que existem motivos para a rescisão por justa causa, tentando dessa forma evitar o pagamento do valor total da indemnização.
Com ou sem acordo, a maioria dos elementos da direcção defende o afastamento imediato do treinador. Uma posição que já foi transmitida ao presidente da FPF.
Na reunião de amanhã será analisado o relatório do Instituto de Desporto de Portugal sobre o comportamento de Queiroz aquando da visita dos dois médicos da Autoridade Antidopagem durante o estágio da Covilhã.
Entretanto, Silveira Ramos, presidente da Associação Nacional de Treinadores, em declarações à Renascença, considera não existirem motivos para despedir Queiroz. Na opinião do dirigente, mesmo "que se provem os factos", "mesmo que tenham surgido insultos" não há motivos para afastar o seleccionador por justa causa. Silveira Ramos entende mesmo que Carlos Queiroz tem todas as condições para cumprir o contrato.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Automatismos já dão para consolar a vista


Santa Clara somou terceira vitória no estágio e juntou ao triunfo capacidade para gerir os ritmos. Moreira voltou a marcar e Baldé mostrou que pode ser reforço importante.

Confiança, segurança e qualidade foram os atributos que saltaram à vista no jogo de carácter particular que a nossa equipa sénior realizou na manhã desta quarta-feira, dia 28 de Julho, resultando daí uma vitória por 1-0 sobre o Arouca, adversário que o Santa Clara defrontará dentro de um mês na primeira jornada do campeonato da Liga Orangina.

A um mês do arranque do campeonato e a duas semanas do início da Taça da Liga, o Santa Clara vincou a qualidade que já tinha demonstrado em desafios anteriores, transportando para o relvado do Centro de Estágios Rosa Náutica, em Quiaios, um futebol perfumado, adocicado e envolvente que não permitiu ao adversário incutir qualquer sinal de superioridade.

Um dia depois de ter colocado de início, no jogo com o Al-Wahda, jogadores que estão a ser observados, no encontro com o Arouca o nosso treinador apostou naqueles que estão mais próximos de constituírem um onze base. Bruno Moura deu uma hora de competição aos que foram titulares na procura de reforçar automatismos tendo em vista o arranque das provas oficiais.

E ao longo desse período de jogo viu-se um Santa Clara identificado com o modelo de jogo que o técnico tem vindo implementar, um Santa Clara que começa a revelar interessantes graus de maturidade competitiva apesar da juventude do plantel. A equipa revelou capacidade para jogar simples mas de forma eficaz, juntou pormenores técnicos interessantes para encher as vistas aos sócios e simpatizantes e, quando o calor começou a apertar, mostrou estofo para pautar os ritmos, baixar a intensidade sem perder o controlo das operações.

O primeiro tempo foi controlado e dominado pela nossa equipa que cheirou o golo aos dez minutos num cruzamento de Nelson ao qual Monteiro chegou ligeiramente atrasado para a emenda. Circulando, lateralizando e envolvendo todos os sectores na construção do futebol de ataque, o Santa Clara chegou à vantagem à passagem do minuto treze: cruzamento de Monteiro vindo da esquerda para Moreira, ao segundo poste, encostar para o fundo das redes.

Era o consumar da superioridade até então evidenciada e que não chegou a ser beliscada na resposta, ténue, do Arouca. A vencer, a nossa equipa manteve-se por cima, jogando ao primeiro toque, bonito para quem gosta de apreciar mas igualmente progressivo pois nunca tirou os olhos da baliza contrária.

Ao contrário do que sucedeu em encontros anteriores, a criação de oportunidades de golo não foi tão numerosa porque a estratégia também passou por não criar demasiado desgaste com o aproximar da competição. O colectivo mostrou, então, que também sabe pautar o jogo, sabe esconder a bola do opositor sem jogar para trás, acelerando quando necessário para aplicar novo xeque.

Reflexo desse crescimento é o lance que poderia ter dado o segundo golo, aos 23 minutos, quando Monteiro cobrou um canto e Diogo Silva cabeceou para Paulinho safar em cima do risco fatal já com o guarda-redes Pedro Soares batido.

O intervalo só trouxe uma substituição – a troca de guarda-redes – sinal claro de que Bruno Moura pretende reduzir as fases experimentais e dar automatismos aos efectivos do plantel. As alterações foram efectuadas de modo gradual, não se perdendo nem identidade nem objectividade. A ganhar por 1-0 e com o Arouca a espernear mas a não conseguir materializar, viu-se então o pragmatismo que o nosso treinador falou aquando da sua apresentação.

Futebol apoiado, passes teleguiados com os centrais a mostrarem qualidade nos lançamentos longos, obrigando o adversário a correr atrás da bola sem que os nossos atletas tenham de sofrer igual desgaste. A bola corre redondinha da defesa para o meio-campo e deste para o ataque, minimizando perdas de energia.

Sempre com as operações controladas, umas acelerações nos momentos certos para tentar elevar a contagem. Tó Miguel, aos 72 minutos, serviu Platini na esquerda mas o remate do cabo-verdiano saiu prensado. E já com Baldé em campo, o avançado só precisou de seis minutos para mostrar qualidades: arrancada pela esquerda, três adversários deixados para trás numa passada larga, galopante em direcção à área para um cruzamento que Bruno Monteiro não conseguiu aproveitar. O médio, em zona frontal, rematou a rasar a trave.

O resultado, apesar de magro, esteve sempre controlado e só numa ocasião o Arouca levou perigo, já na parte final do desafio, num livre de Hugo Monteiro para a cabeça de Paulo Ferreira. Matt Jones mostrou-se atento e defendeu para canto.

Na vitória por 1-0 diante do Arouca o Santa Clara alinhou com: Ney (Matt Jones); Fabeta (Douglas), Diogo Silva (Illic), Edgar (Vítor Alves) e Nelson (Guilherme Appell); Renato (Tengarrinha), Jeferson Ramalho (Tó Miguel), Gabi (Platini) e Bruno Monteiro (Rambé); Monteiro (Matias Oliver) e Moreira (Jeferson Silva; substituído por Baldé).

Baldé promete dedicação em prol do colectivo

Avançado chegou na quinta-feira e, hoje, cumpriu os primeiros no estágio. Amanhã realiza o primeiro treino ao serviço do Santa Clara. Não promete golos mas sim empenho para que o colectivo atinja os objectivos.

Amido Baldé apresentou-se ao trabalho na tarde de terça-feira e assistiu ao particular com o Al-Wahda. O avançado cedido a título de empréstimo pelo Sporting ao Clube Desportivo Santa Clara não foi utilizado nessa partida mas, hoje, dia 28, teve oportunidade de entrar aos 84 minutos e mostrar que tem argumentos para ajudar a nossa equipa na empreitada dos objectivos traçados.

O internacional sub-19 esteve seis minutos em campo sem realizar qualquer treino mas não precisou de muito tempo para se evidenciar. Na primeira vez que tocou na bola deixou três adversários pelo caminho e ofereceu o golo a Bruno Monteiro mas este viu a bola sair ligeiramente por cima da trave.

Baldé só amanhã vai realizar o primeiro treino mas já viu dois jogos e gostou do que viu. «Gostei da atitude da equipa e estou aqui para ajudar. É o meu primeiro ano como sénior, sei que vai ser difícil mas vou esperar pelas oportunidades e trabalhar para contribuir para o sucesso do colectivo», começou por dizer.

Depois de ter sido uma das figuras nos juniores do Sporting, o avançado guineense nem pensou duas vezes quando soube do interesse do Santa Clara. «Surgiu a possibilidade de vir para cá e não hesitei porque é um clube com grande história e que dá oportunidade aos jovens. Como o meu maior interesse é jogar e evoluir, nunca me preocupou o nome dos clubes que poderiam estar interessados em mim porque o que quero é dar o melhor de mim, dedicar-me com humildade para progredir seja onde for».

Humilde no discurso, Baldé revelou estar em «boas condições físicas» depois de quase um mês ao serviço da selecção portuguesa de sub-19. Contudo, admitiu precisar de «algum tempo para conhecer os colegas e o modo de jogar da equipa», prestando atenção aos pormenores: «Gosto de aprender e ver os jogadores mais experientes é uma boa base para perceber como se movimentam. Estou certo que aqui vou aprender muito», vaticinou.

Identificado com a ambição do nosso clube, o avançado espera «realizar uma boa temporada para tentar regressar ao Sporting» mas não faz promessas no que diz respeito ao número de golos que espera marcar. «Não prometo golos, apenas trabalho, dedicação e esforço para que o colectivo sobressaia. Sou o mais jovem dos atacantes da equipa e vou aprender muito com os outros e com aquilo que o treinador tem para me passar».

Golo de Moreira reforça o hábito de ganhar

Avançado entrou na segunda parte e revelou-se decisivo para a conquista de mais um resultado positivo. Primeiro tempo foi dedicado a experiências.

A equipa sénior do Clube Desportivo Santa Clara está a cultivar hábitos de rendimento positivo no estágio que decorre em Quiaios, Figueira da Foz. Na tarde/noite desta terça-feira, dia 27 de Julho, a nossa equipa derrotou o Al-Wedha, da Arábia Saudita, por 1-0, resultado justo tendo em conta a produtividade da segunda parte.

Era a partida para os jogadores que estão à experiência mostrarem o que valem. O treinador, Bruno Moura, colocou cinco dos que estão a ser observados no onze inicial mas nem tudo correu de feição. A ansiedade de quererem mostrar o seu valor resultou num futebol menos colectivo que o que tem sido habitual.

E quando o colectivo não sobressai mais difícil se torna as individualidades de aparecerem e desequilibrarem, o que fez com que os primeiros 45 minutos fossem desgarrados, desligados e com poucas oportunidades de golo criadas. Vontade houve muita mas faltou lucidez. A pressa de jogar bem manietou movimentos e só aos 26 minutos a nossa equipa aproximou-se com perigo da baliza contrária: cruzamento de Tó Miguel e cabeceamento de Rambé ao lado quando estava em posição para fazer bem melhor.

A precipitação nas decisões prevalecia ao desejo de Platini, Tengarrinha, Pacheco e Matias Oliver pautarem o futebol do Santa Clara e na recta final da primeira parte quem apareceu foi Zuba a efectuar duas boas defesas que impediram o Al-Wedha de marcar. Primeiro defendeu uma recarga de Walid após livre de Esam ao poste e na segunda saiu aos pés Asir Mohnad a fazer a mancha.

Bruno Moura queria, naturalmente, mais e melhor e por isso foi, aos poucos, introduzindo novos elementos no encontro. Ao intervalo entraram Filipe Mendes, Illic, Douglas, Gabi e Jeferson Silva, jogadores que contribuíram para uma melhor organização do nosso futebol. Depois entraram Fabeta, Nelson, Renato, Jeferson Ramalho, Bruno Monteiro, Monteiro e Moreira, atletas que vieram reforçar a superioridade que o Santa Clara vinha exercendo sobre o adversário.

Jeferson Silva, num remate de primeira e sem preparação, aos 71 minutos, deu sinais do inconformismo encarnado e, aos 82, num soberbo passe de Fabeta para as costas dos centrais árabes, apareceu Moreira a bater os opositores em velocidade e a rematar cruzado sem hipóteses de defesa.

Estava feito o golo da vitória que reforça os índices de confiança e renova os hábitos de conquista que desejamos para a temporada 2010/11. Ainda antes do apito final do árbitro, Moreira teve o segundo nos pés numa jogada idêntica à primeira, mas o guarda-redes defendeu o remate.

No complexo desporto Rosa Náutica, o Santa Clara alinhou com: Zuba (Filipe Mendes); Vítor Alves (Fabeta), Fabão (Illic), Marx (Douglas) e Platini (Nelson); Tengarrinha (Renato), Tó Miguel (Jeferson Ramalho), Guilherme Appell (Bruno Monteiro) e Pacheco (Gabi); Matias Oliver (Monteiro; substituído por Moreira) e Rambé (Jeferson Silva).

terça-feira, 27 de julho de 2010

Lição táctica antes do jogo com o Al-Whada

Sessão de trabalho matutina foi ligeira porque ao final da tarde realiza-se mais um encontro de preparação. Bruno Moura voltou a dar prioridade aos aspectos tácticos.

A véspera de cada jogo de preparação que a equipa sénior do Clube Desportivo Santa Clara realiza tem servido, essencialmente, para o nosso treinador rever com os jogadores os aspectos tácticos que deseja ver implementados no decorrer dos 90 minutos.

Na manhã desta terça-feira, dia 27 de Julho, não houve excepção e o treino incidiu especialmente sobre a componente táctica de como Bruno Moura quer ver a equipa evoluir frente aos árabes do Al-Whada. Os prováveis onze atletas que vão iniciar o desafio estiveram cerca de trinta minutos a trabalhar o posicionamento em campo, as movimentações e compensações defensivas e saídas para o ataque.

Uma revisão da matéria nada trabalhada ao pormenor para que se minimizem ao máximo eventuais falhas e para que o colectivo reforce o crescimento que tem vindo a demonstrar. Os restantes jogadores apuraram a finalização com o adjunto Filipe Almeida.

Antes, nos trinta minutos iniciais, o treino foi dedicado ao trabalho com bola, nomeadamente o entrosamento ofensivo que Bruno Moura quer ver afinado para que os ataques tenham a objectividade pretendida.

Fisioterapeuta Marco Medeiros aposta na prevenção das lesões

É mais um jovem açoriano que merece a confiança do nosso clube. Não é jogador mas vestiu a camisola do Santa Clara nas camadas jovens. Agora trabalha no departamento médico.

O Clube Desportivo Santa Clara aposta na qualificação superior dos seus quadros no departamento médico cujo responsável máximo é o dr. Paulo Sampaio. Nesse sentido inserem-se as alterações produzidas no defeso, nomeadamente as entradas do fisioterapeuta Marco Medeiros e do enfermeiro Marco Alves.

Marco Medeiros é açoriano, natural da freguesia de Santo António, Ponta Delgada. É um jovem de 26 anos que nutre paixão pela profissão e pelo nosso clube, aspectos fundamentais para realizar um trabalho profícuo e com gosto. Para além disso, já tinha sido nosso jogador nas camadas jovens.

Depois de se licenciar como fisioterapeuta na Escola Superior de Vale do Sousa, em Gândara, Porto, Marco Medeiros iniciou a prática profissional na equipa sénior de hóquei em patins do Valongo. O regresso aos Açores aconteceu em 2008 para trabalhar numa clínica privada, onde esteve dois anos.

A qualidade e eficiência do seu trabalho motivaram interesse do Clube Desportivo Santa Clara nos seus serviços e a formalização do convite não demorou a aparecer. Perante uma nova possibilidade de promoção numa carreira que ainda está a dar os primeiros passos, Marco Medeiros não hesitou.

«Nem hesitei porque a proposta relacionava-se com o acompanhamento da equipa sénior, ou seja, iria trabalhar na área que mais gosto», recordou, explicando de seguida quais as suas funções. «O trabalho assenta na prevenção do aparecimento de lesões nos jogadores, o que se consegue com o doseamento do esforço, cuidados a ter na alimentação, na hidratação e no cultivar de hábitos de vida saudáveis».

No Clube Desportivo Santa Clara, Marco Medeiros reencontrou um colega da adolescência, o nosso médio Pedro Pacheco. Jogaram juntos nos iniciados e nos juniores e oito anos depois voltam a trabalhar com o mesmo propósito mas em áreas distintas: ajudar a equipa a alcançar os objectivos traçados.

Rever um amigo traz recordações dos tempos idos e o fisioterapeuta confessou que têm dialogado sobre a adolescência. «Quando nos reencontramos falamos do passado e é com agrado que vejo que um de nós conseguiu chegar ao profissionalismo no futebol. Ainda sinto alguma nostalgia mas não estou arrependido da escolha que fiz. Podia ter continuado a carreira de jogador mas se recuasse no tempo teria tomado a mesma decisão», garantiu.

Marco Medeiros chegou a integrar o plantel sénior do Santa Clara no primeiro ano como sénior, em 2002, mas preferiu seguir um caminho diferente. «O desporto sempre foi algo que me estimulou e a escolha pelo curso foi condicionada por isso. Ainda estive dois meses no plantel sénior, em 2002, mas decidi que o melhor seria ir para a faculdade», recordou.

Reconhecimento: Sadjó Baldé


15 anos depois de ter chegado aos Açores, quando uma arreliadora lesão o obriga a terminar a sua carreira como futebolista, foi no Santa Clara, seu clube do coração, que Sadjó, emocionado, se despediu do futebol

Falar do Sadjó obriga a recuar 15 anos, regressar à época 1995/96, se calhar até recuar para a época anterior, 1994/95, a última da célebre III divisão série E, em que, mau grado, terminamos em último lugar (3 V 9 E 22 D, 20 golos marcados e 70 sofridos), com a Série Açores a substituir-se a uma mais que certa desclassificação e novo regresso aos regionais.
A época seguinte foi o inicio de um novo ciclo. A temporada de 1995/96, em consequência da saturação provocada por já muitos anos de Série E, foi programada para dar lugar a uma mudança de paradigma – com algumas semelhanças àquilo que tem vindo a acontecer nos últimos anos -, e assim, contratado um jovem prof. de Educação Física (Carlos Gomes), este por sua vez constituiu um plantel também jovem, muito jovem até, se pensarmos nos 4 ex juniores que o integraram (Marco Aurélio, Marco Alves, Hélder Raposo, e Hélder Botelho) aos quais acresciam Eusébio Ferreira, Nuno Quental, Paulo Freitas, Victor Cabral (Vitinha) Jorge Pacheco (Jorginho) e Emanuel Simão, também eles oriundos dos escalões de formação do CDSC.
A estes miúdos, outros miúdos, vindos do Ramilux, se juntaram: O Quebá, o Pactchi e mais uns quantos, entre os quais o SADJÓ, de entre todos eles, claramente, aquele que pela sua personalidade e qualidade técnica mais encantou e nos marcou.
Com esta equipa que o Santa Clara venceu a série Açores, assim ascendendo definitivamente a outros patamares. Mas o projecto, tal como fora inicialmente delineado, ficou por ali – há quem esteja convicto que o prof. Carlos Gomes percebeu antes de mais ninguém que haviam forças mais poderosas do que os conhecimentos que detinha, forçando o que fora programado para dois ou três anos a acontecer logo no primeiro.
Tanto o prof. Carlos Gomes, como o Luís Cabral (Cabralinho), que depois de uma série de anos como responsável técnico pelos escalões de formação (uma ligação que vinha desde a criação do Departamento de Futebol Juvenil do CDSC em conjugação com o Grupo Desportivo e Recreativo de Santa Clara) foi seu adjunto naquela época, foram uma dupla de sucesso que é justo, também, aqui e agora recordar.

Foi portanto o prof. Carlos Gomes quem recomendou o Sadjó ao CDSC, um atleta que chegou aos Açores ainda com 20 anos mal feitos, mas já então senhor de uma admirável simpatia, o que aliado à sua humildade, e enorme habilidade colocada em prol do futebol, tanto ajudou na constituição do forte carisma que ainda hoje patenteia.
Em campo o Sadjó era um jogador espectacular na verdadeira acepção da palavra: eram as suas estonteantes fintas, eram os rápidos raids em direcção á baliza adversária que protagonizava amiúde, eram os golos. Os muitos golos - mais de quarenta - que marcou, muitos deles tão espectaculares quanto decisivos.
Apetecia enumerá-los um a um e descrever alguns deles, nomeadamente aquele em que, no Campo das Laranjeiras, duas vezes seguidas sentou no chão o guarda-redes da equipa adversária. Mas isso já vai longo, e numa hora dessas, quando o Sadjó decide deixar a prática futebolística, o mais importante é o reconhecimento do quanto ele nos alegrou com a sua magia, e nos encantou com a sua personalidade. Por outro lado, nada do que aqui se escreva poderá igualar, e muito menos substituir, a forma sempre entusiástica e calorosa como o Sadjó era aplaudido em campo.

Obrigado Sadjó.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Fisioterapia alimenta a paixão de Marco Medeiros pelo desporto


Jogou com Pacheco nas camadas jovens do Santa Clara mas ambos seguiram caminhos diferentes. Reencontraram-se oito anos depois no mesmo clube.


Marco Medeiros sonhou na juventude ser jogador de futebol. Deu os primeiros pontapés no Santo António e as qualidades demonstradas levaram-no para o Santa Clara onde foi colega de Pacheco. Dos 14 aos 18 anos ambos tiveram percursos comuns mas depois seguiram por vias diferentes.
Se Pacheco optou por continuar a carreira de jogador, Marco Medeiros enveredou pela vida académica. Ingressou na Escola Superior de Saúde do Vale do Sousa, em Gândara, Porto, onde tirou a licenciatura em fisioterapia. Quatro anos fora dos Açores que lhe permitiram escolher uma profissão diferente da do seu colega de adolescência.
Oito anos volvidos reencontram-se no Santa Clara: Marco Medeiros é o fisioterapeuta da equipa profissional de futebol e Pacheco o médio que regressa à casa que o projectou para o Nacional e para a selecção do Canadá. O reencontro permitiu matar saudades e reforçar uma amizade que prevaleceu apesar da distância a que ambos foram sujeitos pelas escolhas que fizeram.
«Quando nos reencontramos falamos do passado e é com agrado que vejo que um de nós conseguiu chegar ao profissionalismo no futebol. Ainda sinto alguma nostalgia mas não estou arrependido da escolha que fiz. Podia ter continuado a carreira de jogador mas se recuasse no tempo teria tomado a mesma decisão», disse.
Marco Medeiros optou pela fisioterapia pela paixão que mantém viva pelo desporto. «O desporto sempre foi algo que me estimulou e a escolha pelo curso foi condicionada por isso. Ainda estive dois meses no plantel sénior, em 2002, mas decidi que o melhor seria ir para a faculdade», recordou.
Concluiu a formação académica e iniciou a actividade profissional no continente português. «A minha primeira experiência foi no Valongo, na equipa de hóquei em patins. Depois, em 2008, regressei aos Açores para trabalhar na Açorclínica onde estive dois anos».
O regresso ao Santa Clara aconteceu quando menos esperava mas nem pestanejou quando recebeu o convite. «Nem hesitei porque a proposta relacionava-se com o acompanhamento da equipa sénior, ou seja, iria trabalhar na área que mais gosto».
É função do fisioterapeuta ajudar os jogadores a recuperar de lesões mas é na prevenção que o clube mais aposta. E como se previnem lesões quando um atleta está exposto a dezenas de possibilidades no decorrer de um jogo? «A prevenção assenta no trabalho diário, desde o doseamento do esforço aos cuidados a ter na alimentação, na hidratação e no cultivar de hábitos de vida saudáveis. Depois trabalha-se a prevenção de lesões que são mais susceptíveis de aparecer, nomeadamente entorses ao nível dos joelhos, tornozelos, lesões musculares ou traumáticas», explicou.
Se há uma década atrás Marco Medeiros era «um jovem que sonhava um dia ser jogador profissional», hoje em dia é um dos responsáveis pela condição física dos atletas que compõem o plantel sénior do Santa Clara.
fonte/rtpAçores


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